Soilwork - The Panic Broadcast [Limited Box Edition]


"The Panic Broadcast" não foi somente um lançamento crucial para o Soilwork, foi também o album que definiu o que a banda se tornou. As raízes de death metal melódico são agora nada mais que fragmentos espelhados pelos riffs e solos de guitarra, tendo alguma influência sobre a direção da música, mas para todos os efeitos deixadas para trás, até que enfim. Ao invés, o album começa com "Late for the Kill, Early for the Slaughter", uma adaptação bastarda demetal alternativo, nu-metal, death metal melódico e até mesmo thrash, enquanto isso tudo permanece por bem ou por mal até o fim do disco. Baseados fortemente em passagens pegajosas e refrões cantadinhos em coro seguem uma fórmula previsível do metal moderno com passagens de vocais limpos e padrões pesadões nos versos também. Isso soa ruim mesmo, especialmente considerando que "Late for the Kill, Early for the Saughter" é uma das músicas mais fracas do album, e foi colocada por razões obscuras como faixa de abertura. Entretanto, isso pinta um quadro borrado e injusto do album, escondendo o quão sólidas algumas faixas de "The Panic Broadcast" são.
Os vocais limpos e o solo de guitarra ressonante em "The Thrill" são um bom exemplo do porquê do sucesso de "The Panic Broadcast". Seu valor de "hit" é massivo. Não é música para ser levada tão seriamente, mas para ser ouvida ocasionalmente, e é justamente aqui que o valor do album realmente aparece. Os vocais de Strid, realmente, não chegam nem perto da perfeição. Seus guturais não são profundos nem brutais, mas sim são pseudo-gritos que encaixam-se bem ao passo das músicas. Junte isso com guitarrinhas mais brandas que saem bem do death melódico de Gothenburg, e você tem uma receita para uma audição cativante que não se leva tão a sério ou tenta aventurar-se por lugares pelos quais não deveria. De fato, qualquer um familiar com o estilo do Soilwork não sentirá muita diferença no som em geral, mas sim a mudança será notada na qualidade das músicas. O coração do album contém faixa após faixa do melhor material produzido pelo Soilwork em sete ou oito anos, e realmente, o que mais alguém poderia querer aqui?
A vazada acústica no final de "King of the Threshold" desliza lindamente para "diferentona" "Let This River Flow", uma faixa que leva o ouvinte com as guitarras que dobram-se sobre si em um movimento não usual no som da banda que define o fator crucial do sucesso de "The Panic Broadcast". O brilhante porém não exagerado instrumental juntamente com a letra muito bem escrita, fazem as pequenas escorregadas dos vocais de Strid não terem importâcia alguma e até nem serem notadas. Não é um album para puristas, já fica o aviso, mas se o ouvinte não ligar para a fórmula que já foi feita anteriormente, e nem para essas transições de vocais gritados para limpos nas músicas, então não há com o que se procupar aqui. As poucas músicas que são realmente ruins aqui são logo esquecidas com a sucessão de bons sons no decorrer do album. Parece que o Soilwork está numa ascendente pelos próximos anos pelo que se pode notar em "The Panic Broadcast".
A mixed bag here.

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