The Dickies - The Dawn of the Out-Take [7" EP]

Sempre Buzzcocks, Descendents, Hüsker Dü e outros menos afamados que levam o crédito de serem influências ou referências pop-punkers. E os velhos malucos de L.A. dos Dickies? Nada?
Este é um bootleg 7 polegadas de muitos anos atrás. O material contém versões demo de "Cross-Eyed Tammy" e "Monkey See, Monkey Do", músicas que acabaram no album da banda de 1989 "Second Coming". O lado B é uma porcaria qualquer que colocaram para não deixar em branco provavelmente, ou estavam drogados demais.
Punk rock com um toque new wave e power pop. Duas músicas viciantes.
Long live the L.A. punk!

Guns N' Roses - Use Your Illusion I


A dificuldade do "segundo album" é um dos chichés perenes do rock (apesar de que este album seria o terceiro contando com o EP "G N´ R Lies" que na discografia fica relacionado como o segundo), mas poucos segundos albuns foram tão difíceis como "Use Your Illusion". Não realmente concebido como um album duplo mas impossível de separar em trabalhos individuais, "Use Your Illusion" é um exemplo brilhante de uma banda de sucesso repentino entendendo tudo errado e deixando suas ambições fugirem de controle. Levando quase três anos para ficar pronto, a gravação do album foi claramente difícil, e as tensões entre Slash, Izzy Stradlin e Axl Rose ficam evidentes desde o início. Os dois guitarristas, particularmente Stradlin, tentam manter a origem hard rock da banda, mas Axl Rose tinha pretensão de ser Queen ou Elton John, o que é estranho para um típico e notório garotinho branco homofóbico de Midwestern. Dentro do possível, as duas aspirações poderiam ter sido divididas em dois albuns, mas ao invés foram jogadas em uma misturança só. Fica claro a partir daí que "Use Your Illusion I" ficou mais hard rock que o "II" apenas por coincidência. Stradlin tem uma presença mais forte no "I", contribuindo com canções como "Dust n´Bones", "You Ain´t the First" e "Double Talkin´Jive", quem mantêm o album no território Stones/Aerosmith. Em geral o album é mais forte que o "II", mesmo contendo uma boa quantidade de encheções, incluindo uma música bem psicodélica em colaboração com Alice Cooper e uma música que leva o nome do maior sucesso dos Osmonds. Também há duas músicas bem ambiciosas em "November Rain" e 'Coma" onde Axl Rose parece se realizar. Também a metálica "Perfect Crime" e a poderosa baladona "Don´t Cry". Realmente a tarefa não fácil, achar pontos altos em uma super produção farofa e um amontoado e encheções de linguiça.
Yes! Exacly, you will have to use you illusion for this.

Nirvana - Nevermind



Haviam muitas coisas às quais os membros do Nirvana não ligavam. "Nevermind", o segundo album da banda e primeiro por um grande selo, oferece um catálogo delas.
"Sunday morning is every day for all I care," entoava o guitarrista e vocalista Kurt Cobain em "Lithium", uma canção sobre um homem que senta sozinho em seu quarto após ser rejeitado por sua namorada. Mr. Cobain fechou "Smells Like Teen Spirit", um estudo sobre a apatia geracional, com a linha "I found it hard, it's hard to find, oh well, whatever, never mind." "Breed", uma canção que parece ser sobre a dificuldade de se começar uma família, abre com as palavras "I don't care" ditas seis vezes enfaticamente.
O mais importante, o grupo não ligava para as fórmulas típicas do rock ou convenções. "Nevermind" era de difícil categorização até o surgimento do termo "grunge" como rótulo musical. Seus ritmos acelerados e riffs de três notas vinham do punk rock, mas as guitarras densas eram pesadas como metal. Mr. Cobain tinha um tom agressivo que podia competir com qualquer mataleiro malvado da época, mas quando as canções abrandavam ele mostrava uma voz que perfeitamente encaixava-se em qualquer pop melódico. Algumas vezes a banda quebrava uma balada com uma parte totalmente punk, ou fazia uma música somente com violão, baixo e sem percussão, somente alguns cymbals aqui e ali bem colocados. As músicas pareciam seguir um propósito interno por si próprias.
Pelas palavras de Chris Novoselic em entrevista - "We're never been goal-oriented, personally or as a band," "We just want to play, and put out what we consider good records." .
Com "Nevermind" com certeza a banda se consagrou. Há suficientes texturas intrigantes, mudanças de humor, sacadas instrumentais e inventivos jogos de palavras para horas de entretenimento. "Lounge Act" fecha com uma linha de guitarras que abruptamente se distorcem e derretem como crayon no calor. "On a Plain" termina em um fade-out mas suas harmonias de três partes continuam sendo entoadas por alguns segundos extras. "Polly" uma lenta e perturbadora canção narra a tentativa de uma mulher fugir de um estuprador, apresenta nada mais que um duro violãozinho. Novoselic disse em entrevista : "That song, is pretty much Kurt's. We got him this left-handed Fender Mustang guitar for $20. He really liked that guitar, and he wrote some great songs on it. He wound up smashing it, being Kurt." No mínimo engraçada a última parte.
Nirvana começou em 1987 na pequena cidade de Aberdeen no estado de Washington. Novoselic sumarizou o início da história da banda nas seguintes linhas: "We were living in this coastal town in Washington State, typical repressions were happening, we all felt odd, like why are we weird, and we started listening to punk rock. We were listening to the Dead Kennedys and Millions of Dead Cops, and getting these radical political messages that society is really screwed up. And we started getting our own group together." O equipamento era uma merda, mas eles estavam motivados.
Kurt Cobain tinha uma tia que era uma cantora de country-western mal sucedida, e teve acesso a um gravador portátil de quatro canais para fazer demos. Novoselic levou um baixo e juntos encontraram um baterista (a banda passou por quatro bateristas antes de recrutar David Grohl, que tocou em "Nevermind"). Sobre isso Novoselic disse: "We had just the junkiest equipment, but we were really motivated. "We practiced every day and in a couple of weeks we had a bunch of songs. We took it very seriously."
Em 1989 a banda já tinha lançado singles, um EP e um debut album, "Bleach", em um badalado selo independente de Seattle o Sub Pop, garantindo à banda o status de heróis do indie-rock. Em um primeiro momento, disse Novoselic, a banda estava cautelosa em assinar com um selo grande e depois declarou: "We were terrified. But we drove down to L.A. and found an attorney and started talking to these label people. We toured all these major-label offices and found out how they worked. We just gained an education and are comfortable with it now." .
Como resultado "Nevermind" foi mais sofisticado e melhor produzido que qualquer material produzido por Dinosaur Jr ou Mudhoney na época. E apesar de todo niilismo pregado, haviam várias causa que a banda apoiava. Como declarado por Novoselic: "We're pro-feminist. Sexism is just as bad as racism. We've made it clear that we're going to play all-ages venues on this tour. And we're total leftists. We're going to demand the socialization of the music industry. Records are going to be free to everybody." .
Para quem gosta do estilo um album indispensável.
Easily one of the most important albums of the 90's.

Necro - Death Rap

Uma coisa que muitos rappers procuram estabelecer em suas carreiras é a imagem. Necro efetivamente criou sua imagem como anti-governo, anti-conformista e anti-sociedade tudo em um personagem. A simples base de seu nome é uma forma abreviada de necrófilo. Similarmente não é acidente o fato de ele ter lançado seu sexto LP oficial no dia 11 de setembro, um dia de luto para a nação americana.
"Death Rap" é um album diferente do que os fãs de Necro estavam acostumados até então, como ele fez em 2004 com o album "Pre-fix for Death". Ainda tem o mesmo enunciado, a mesma fluidez e os mesmos temas. Entretanto, "Death Rap" é muito carregado pelas influências do grupo em torno dele, The Insane Clown Posse. Infelizmente de fato muito do disco recai sobre um frenesi hardcore metal-rock que não encaixou muito bem no som do artista.
O album começa com uma faixa típica de Necro, "Creepy Crawl". É uma tirada rápida de pouco mais de dois minutos mas o loop inspirado em Mariachi fez uma base bem legal. Nota-se que Necro tem dificuldades em escrever letras fortes aliadas com refrões, principalmente porque ele fica o tempo todo espalhando suas letras insanas como um Jackson Pollock pintando um quadro. Fica claro desde que o disco começa a tocar com letras como: "Knife to your chest, your colon flexes/ Slashing the word 'war' in your solar-plexus" e mais nonsense como "Needle tracks to my arm/influenced by Beatles tracks doing your fetal sack harm." É um tipo de freestyle demente que preenche faixa por faixa, dando característica singular ao som.
"Some Get Back (Revenge)" por exemplo meticulosamente narra uma sede de vingança. É uma das faixas mais concentuais e certamente dá o tom e humor do disco. Outras músicas como "Portrait of a Death Rapper" tentam ir mais fundo, esboçando uma auto-reflexão devido ao título do album. Mas tirando um sample inusitado ou outro não chega a impressionar.
De qualquer forma o lado negativo aqui não é o que Necro já vinha fazendo ou fez depois, mas sim a tentativa frustrada e apelativa de chamar artistas de metal/death para participar do album como até mesmo Scott Ian do Anthrax, o que resultou em faixas fraquíssimas e risíveis às vezes. O refrão em "Evil Rules" por exemplo, "Death Rap!/ Extreme violence and brutal murder/ Cut your head off with a machete/Evil Rules!" - espera aí ainda não terminei de rir... muahuahauhauahuahuah!!!! Acho que nem aquelas bandas adolescentes de metal melódico fazem isso mais. Para piorar, esta faixa em questão tem a participação de Dave Ellefson, Scott Ian e Ray Alder, e os instrumentais são tão fracos e padronizados que poderiam passar por meros samples ou sons pré-programados em computador.
Uma coisa podemos afirmar sobre Necro, que ele é imprevisível como produtor e rapper. Seu estilo é bem gore, mas pode-se notar que ele tem noção das barbaridades que fala como "Helter Skelter written in blood on the refrigerator.". O cara é entendido tratando-se de homicídio e brutalidade parece. Algumas vezes consegue aliar o humor perfeitamente com narrações grotescas além de acertar batidas hipnóticas em uma faixa e ao mesmo tempo cair em samples nada empolgantes em outras. Muitos dizem que este album distribuído pela Koch não reflete o hardcore que os fãs de Necro realmente gostam, o que é verdade até certo ponto, mas nada que tire o peso ao ponto de se dizer que ele ficou soft aqui.
"Death Rap" são 37 minutos da mente doente de Necro, album que não serve para converter ainda não fãs do seu subgênero, muito menos o pessoal do metal. Indica um pouco o fato do artista ter ficado menos cru, como quando foi aclamado com "I Need Drugs". Sem muita concorrência dentro do gênero ele poderia se concentrar mais em fazer seu som do que a farofa pseudo-metal que tentou.
Sick tight package this one.

LL Cool J - Mama Said Knock You Out

Descartado pelos fãs de hip hop como ultrapassado e vendido, LL Cool J entrou nos anos 90 com "Mama Said Knock You Out" e se reinventou com seu album mais bem sucedido. Parte do crédito vai para o produtor Marley Marl, com suas batidas graves ajudou Cool J a resgatar sua agressividade do início da carreira. "Mama Said Knock You Out" não é tão pesado quanto "Radio", ao invés, faz um balanço entre a atitude e acessabilidade. A grande variedade e arranjos mais distintos fazem deste album o mais acessível de Cool J, além de dar-lhe mais contemporaneidade.A produção de Marl nas faixas mais lentas são suaves e cheias de alma mas ainda assim suingadas, o resultado foi muito mais convincente do que as outras vezes que Cool J tentou pagar de gatão. As baladas ficaram menos forçadas.
Mesmo um pouco deslocado do que vinha fazendo, LL continua liricamente acrobático e suas letras cheias de testosterona voltam com o peso do primeiro album. Os hits do album são um retrato de seu microcosmo. "The Boomin' System" é daquelas para estrondar a avenida de carro com volume no talo. "Around The Way Girl" é uma daquelas baladinhas mela cueca e vem luxuriante, com samples bem sacados e que fez história no gênero.
Sem sombra de dúvidas "Mama Said Knock You Out" veio para resgatar a imagem perdida de Cool J, e com sucesso, lhe mantendo como um dos nomes fortes do rap.
O sucesso deste disco fez de LL Cool J um nome internacional.
One of the hip hop classics.

Pennywise - Rare And Unreleased

Particularmente nunca tinha sequer ouvido falar desse álbum do Pennywise,mas ouvi e achei do caralho!O álbum é bem no estilão Pennywise das antigas,anos 90 e tal,do jeito que só eles sabem mesmo. O álbum,como diz o título "itself",só tem músicas raras,nunca antes lançadas pela banda e alguns covers como "I Get Around" e "Surfin USA" dos Beach Boys.De resto,o de sempre,músicas pra você levantar a bunda do sofá e parar de reclamar da vida! Mediafire

The Notorious B.I.G. - Ready to Die


O album que reinventou o East Coast rap para a era gangsta, "Ready to Die" fez de Notorious B.I.G. uma estrela e catapultou o selo Bad Boy de Sean "Puffy" Combs para o reconhecimento. Atualmente reconhecido como um dos maiores albums de hardcore rap já gravados, muito pelo talento de B.I.G. como narrador de histórias. Seus raps são fáceis de entender mas talento não falta, ele tinha um jeito livre e solto de empilhar rimas uma em cima da outra em rápida sucessão. Ele era abençoado com um flerte pelo dramático e variava de personagens contraditórios para outros facilmente. Ainda assim não importanto o quão factual fosse, é possível ver elementos de B.I.G. nas suas narrativas de personagens e sua experiência pessoal nos detalhes. Tudo é muito enraigado na realidade mas quando tocado parece cenas de um filme. Um senso de condenação permeia suas histórias, com bandidos cruéis em "Gimme the Loot", a namorada de um malandro em "Me & My Bitch", ladrões atrás da nova fortuna de B.I.G. em "Warning" , tudo permeado por fogo de bala. O album também apresenta uns toques do lado mais desolador e frio das ruas como em "Things Done Changed", "Ready to Die" e "Everyday Struggle", músicas tocantes e cheias de confusão e desespero. Nem tudo é tão sombrio entretanto, a produção de Combs resultou em alguns momentos comerciais e divertidos e tirados de hits antigos como "I Want You Back" dos Jackson 5 na pornográfica "One More Chance", "Juicy Fruit" de Mtume na crônica de ascenção social de "Juicy", e "Between the Sheets" dos Isley Brothers na baladinha de amor peso pesado "Big Poppa". O produtor Easy Mo Bee contribui bastante também na criação da atmosfera com os beats, mas mesmo assim, o show é de B.I.G. e ele fecha o album com "Suicidal Thoughts" atingindo o ouvinte com mais uma daquelas na cabeça e no coração. Fácil entender porquê este cara já era reverenciado mesmo antes de sua morte.
Hardcore rap masterpiece.

Run-D.M.C. - Run-D.M.C. [Deluxe Edition]

Muita gente gosta de dizer que eles foram os Beatles do hip-hop, muita gente discorda. Run-D.M.C. sim moldou o rap como ele é atualmente, apesar de não criarem nada novo na época, assinalaram o caminho para uma mudança prática e cultural na música. Analogias de lado, eles também trouxeram o hard rock para adaptar ao hip-hop, o que enriqueceu o estilo grandemente.
Este disco veio forte, com uma produção tosca e mínima, contruída em simples baterias eletrônicas e os scratches furiosos de Jam Master Jay com riffs de guitarra e alguns teclados ocasionalmente. O resultado é música urbana bruta, com rimas rebuscadas Run-D.M.C parecia mais uma gangue de rua, ao contrário dos outros proto-rappers da época que soavam e aparentavam mais alegres. Enquanto o album ainda soa como música de festa as letras já vinham com algum contexto e realidade urbana.
Portanto, a música, as letras, os temas e atitude fazem-nos inevitavelmente sentir a reviravolta que fizeram na história do rap. A produção é datada mas o som pode rolar em qualquer block party ainda, por isso tire seus Adidas do armário e caia na dança.
Relic from the earliest rap era.

Beastie Boys - Paul's Boutique

Segundo album dos judeuzinhos malucos de New York. Lançado após "Licensed to Ill" que foi um album que fãs e crítica achavam ser insuperável, além da banda ter passado por um litígio com a Def Jam e ter se mudado de New York para Los Angeles, tudo indicava que o grupo tinha perdido o fio da meada. Muitos críticos até mesmo na época não entenderam o album e acharam um som bagunçado, o que realmente com o peso dos samples denota um tanto, mas que o ouvinte precisa escutar para ir captando o charme de cada faixa. Do hard rock presente em "Licensed to Ill" para samples e beats pesados que vão além do psicodélico, são verdadeiras pinturas com som. O resultado foi um album único no estilo. Como os Rolling Stones em 1972, os Beastie Boys estavam em exílio e acabaram por compor uma carta de amor à sua cidade natal, mesmo com os nativos de L.A. Dust Brothers ajudando a redefinir a base de samples que formaria o album. Tristemente, a banda nunca mais repetiu essa dose de samples em sua carreira devido a quantidade de processos por direitos autorais que levaram na cabeça, como Gillbert O'Sullivan o fez com "Biz Markie" que proibia até tocá-la ao vivo. Uma lástima pois "Paul's Boutique" provou que samples poderiam ser usados artísticamente em uma extensão nunca imaginada. Os samples usados de forma não convencional vão desde Curtis Mayfield com "Superfly", Sly Stone com "Loose Booty", Loggins & Messina com "Your Momma Don't Dance" e Ramones com "Suzy Is a Headbanger". O que os Dust Brothers e Beastie Boys fizeram com esses samples malucos, beats, loops e pequenos truques foi criar uma atmosfera hyper surreal e romantizada de New York onde se reflete toda a cultura da cidade em vários sentidos, antagonicamente até mesmoalgums vezes, como nunca antes. O que confundiu ouvintes em geral e crítica na época foi essa densidade musical, que precisa ser digerida com várias audições para que se quebre a barreira da absurda quantidade de referências e informações presentes no som.
Até hoje poucos grupo de rap conseguiram contexto similar musicalmente. As letras em "Paul's Boutique" trazem piadas afiadas com narrativas bem estruturadas e personagens bem descritos e colocados em situações e lugares perfeitamente descritos.
Mesmo sem o impacto merecido na época, este album fica como uma lição de como se fazer rap, continuando divertido e inovador até hoje.
A genre-busting masterpiece.

Hed PE - Broke

Segundo album da banda de 2000 que veio em sequência ao debut self-tited de 1997, o disco apareceu em uma época do florescimento da mistura de rap com punk, hardcore e metal e foi material pronto para estourar, o album teve sucesso mediano de vendas mas a banda conquistou seguidores em torno de sua temática inovadora.
Quando a banda entrou em estúdio para gravar "Broke" encontrava-se em emergência com o estilo rapcore nos USA porém ainda relegada ao underground, enquanto Limp Bizkit e Incubus já conseguiam fama na plataforma nacional. "Broke" veio como uma tentativa da banda em pegar carona nesse momento do estilo, mas com as raízes de seu primeiro album ainda presentes.
Desde a liricamente feroz "Killing Time" até a mais calma porém provocante "Jesus (of Nazareth)" a banda segue fiel às suas origens e conclusivamente pode-se notar que o album deveria levar a banda ao mainstream facilmente, porém não foi o que aconteceu. Muita da intensidade da banda se perdeu neste album por conta de uma produção maior e rimas mais mundanas perdendo o conteúdo original que deu aceitação à banda quando ainda era independente.
Apesar de tudo o disco ainda tem seu brilho e é uma peça interessante para coleções de fãs do gênero contando com participações especiais de peso como Serj Tankian do System of a Down, East Bay Ray do Dead Kennedys e Morgan Lander do Kittie.
Um disco cheio de altos e baixos. Contando com músicas como "Crazy Legs" que tenta mesclar o mais puro rap de rua com crossover mas acaba esbarrando em uma letra bobinha, enquanto "I Got You" vem com um instrumental empolgante e os vocais de Jahred (filho de brasileiros nascido nos USA) fazem uma perfeita ponte entre o melódico e o agressivo não ficando atrás de nenhuma banda do gênero na época. Músicas como "Boom (How You Like That)" vem com uma assinatura bem hip-hop contendo letras sobre maconha e sexo. A banda ainda fecha o album com uma baladinha cheia de sacarina e violões no maior estilo mamãe quero ser gay.
Apesar dos pesares este é um album interessante e registra bem uma época em que o rapcore apareceu no mainstream. A banda exagerou na tentativa de embarcar nessa e acabou sendo taxada de sexista pela mídia, até certo ponto com razão. Nota-se também que muitas bandas brasileiras da época embarcaram no vácuo do estilo e copiaram descaradamente músicas deles como o Charles Brau Grunge por exemplo que o vocalista imita até os trejeitos do vocal.
Yes yes, no no. Have fun.

Pepper - Kona Town



Banda de Kailua-Kona, Hawaii, da Volcom Entertainment. Mas não se enganem, eles não tocam música tradicional havaiana.
Este é o segundo disco da banda lançado em março de 2002, e o título do album obviamente refere-se ao nome da cidade.
O som tem influências que vão desde Blondie a The police até The Clash, como a grande massa de bandas influenciadas por reggae dos anos 80 e 90. Apesar de não ter nada original aqui, e não ser a primeira a misturar alternative rock, punk e reggae, a banda faz um com acima da média e de fácil audição. Apesar de nada inovadora, a banda não acaba sendo mais uma daquelas bandas imitadoras de Mighty Mighty Bosstones sem originalidade que pipocaram pelo mundo, porém impressionante não é um termo que cabe ao Pepper. A banda é esperta o suficiente para seguir seu próprio som mesmo assim e manter uma certa atratividade fazendo um blend de The Police com Steel Pulse numa vertente punk-pop. O trabalho de Steve Kravac na produção foi imprescindível dando um aspecto memorável às melodias como em por exemplo "B.O.O.T." e "Too Much". A banda não esbanja agressividade somente para atrair atenção como seria no senso comum do estilo, mas põe em prática um som mais melodioso e de fácil audição. É óbvio que os membros da banda passaram algum tempo escutando reggae dos anos 70 e 80 e o resultado que Bret Bollinger (baixo e vocal), Kaleo Wassman (guitarra e vocal) e Yesod Williams (bateria) conseguiram foi o mesmo de quando muitos artistas e bandas do punk e new wave estavam tornando suas atenções para os grandes do reggae como Dennis Brown, Burning Spear e Peter Tosh.
"Kona Town" não seria recomendado para os puristas do reggae, mas para quem gosta de um fusion com vários outros estilos o som é fácil de escutar e com um bom astral para curtir sem preocupações ou empecilhos.
Good band and a CD worth checking out.

311 - Dammit!



Primeiro lançamento independente da banda, lançado pelo selo próprio What Have You Records em 1990. Este album está fora de catálogo e hoje em dia é bastante raro. Foram feitas somente 300 cópias em k7.
A engenharia de estúdio fica por conta Tom Lippold, gravado em 1989 no IEV Studios em Omaha, Nebraska. Na foto da capa da esquerda para direita estão P-Nut, Chad, Nick e Jim Watson.
Som de primeira que captura o espírito original da banda.
Fuck the bullshit! This is 311!
Audio do DVD lançado em 11 de julho de 2010 para promover o album de estúdio "Korn III: Remember Who You Are", que foi ao ar pela HDNet e streamed no Myspace da banda.
No começinho de julho a banda lançou alguns videos estranhos, contendo imagens de círculos em plantações e imagens de UFOs, com a notícia de que fenômenos estranhos estavam ocorrendo em Kern County (região da California). O logo da banda aparecia em uma plantação em um dos videos. A banda trabalhou com os malucos de um grupo que faz esses círculos (circlemakers.org). Finalmente em 7 de julho a banda anunciou "Korn Live: The Encounter, A Concert for Korn III: Remember Who You Are" um show ao vivo que aconteceu em 24 de junho nos círculos vistos antes nas plantações. O tema não usual do show foi inspirado no show da banda Pink Floyd "Live at Pompeii", o video de 80 minutos inclui várias músicas do album novo além de músicas antigas e favoritas dos fãs. O vocalista Jonathan Davis declarou que o show marca "um retorno às raizes da banda e uma nova forma de experimentar nas performances ao vivo", enquanto o guitarrista "Munky" Shaffer descreveu ser "uma nova fronteira musical para o Korn".
Curiosamente este é o primeiro show da banda a não conter a música "Blind" que vinha sendo tocada em todos os shows desde o primeiro da banda em 1993.
Show bem legal, vale a pena botar as mãos no DVD quem puder.
Interesting material.