Led Zeppelin - III


Led Zeppelin III como o próprio nome diz é o terceiro de disco da banda, lançado em 1970 e produzido por Jimmy Page. A maioria das músicas foram foram feitas por Page e Robert Plant em um chalé do século XVIII no topo de uma colina, chamado Bron-Yr-Aur, situado em Gwynedd no País de Gales. Lá Page e Plant reuniram-se para relaxar e compor após a turnê norte-americana. Um lugar remoto, sem água encanada nem eletricidade que nota-se bem refletido nas composições ao longo do album. Após prepararem o material para o futuro album, Page e Plant então juntaram-se ao baterista John Bonham e ao baixista John Paul Jones em um lugar rural chamado Headley Grange em East Hampshire para ensaiar as músicas. As gravações vieram depois em Headley Grange assim como em Londres em diferentes estúdios, com a mixagem em Memphis nos Estados Unidos durante a sexta turnê deles por lá. A engenharia de estúdio do disco fica por conta de grandes nomes como Andy Johns e Terry Manning. O album marca a mudança de foco da banda do hard rock sessentista para um som mais inspirado no folk rock ou electric folk, o que acabou captando muitos fãs de rock progressivo para eles, que até então não se atraím muito pelo repertório de blues e rock dos dois primeiros discos do Led Zeppelin. Led Zeppelin III foi um dos albums mais esperados do ano de 1970 e somente nos Estados Unidos teve em torno de um milhão de pre-orders. Um dois maiores best-sellers da história da música moderna. A capa foi desenvolvida por Zacron, um artista multimídia que Page conheceu quando ainda era estudante na Kingston College of Art. A arte consistia de várias imagens loucas, incluíndo zeppelins e rostos dos integrantes da banda, sobre um fundo branco. Por trás ficava um volvelle que também continha várias imagens e podia ser girado compondo diferentes combinações visuais. Dito isso tudo vamos para um rápido faixa a faixa:
"Immigrant Song" faixa de abertura do album, facilmente reconhecível pelo vocal em coro choroso de Plant com com uma certa alusão de Bali Ha'i, e um riff em staccato repetitivo de Page, Bonham e Jones. O som um pouco estranho nos primeiros segundos da música é proveniente da estática de uma unidade de eco que estavam usando na gravação. A inspiração para Plant foi a turnê que eles fizeram na Islândia em meados de 70, a letra é dedicada ao islandês Leif Ericson e trata-se da perspectiva dos vikings navegando para o oeste em busca de novas terras e conquistas. A música hoje em dia é usada pelo time de futebol americano Minnesota Vikings para as introduções pré jogo.
"Friends" segunda música do album, composta por Page e Plant em Bron-Yr-Aur, começa com uns toques ocasionais nos instrumentos e conversas de estúdio ao fundo. É uma das únicas músicas deles com arranjos de cordas. No final da música fica o som de um sintetizador Moog que persiste até a faixa seguinte. A letra fala sobre quando alguém está só ou triste devemos dar a esta pessoa um sorriso, em outras palavras, fazer esta pessoa se sentir melhor. A única performance ao vivo desta música conhecida foi em Osaka no Japão em 71 em que pode-se perceber Page perguntando a Plant se ele gostaria de tocar ela enquanto Bonham retorna de atividades desconhecidas nos bastidores do palco.
"Celebration Day" terceira música do album, quase ficou de fora por conta de um engenheiro que acidentalmente apagou os primeiros compassos tocados da bateria de Bonham, na edição então cobriram o erro, ou apagamento, com o sintetizador Moog restante do final de Friends. A guitarra hipnótica de Page é marca registrada nesta música, três ou quatro riffs misturados com uma guitarra em afinação normal e outra em lá, tocada em slides. As letras de Plant referem-se a suas impressões sobre a cidade de Nova York. Jimmy Page tocou esta música com os The Black Crowes em sua turnê em 99.
"Since I've Been Loving You" um blues-rock que foi umas das primeiras composições feitas para o disco, gravada ao vivo em estúdio com pouquíssimos overdubs, é possível até ouvir os pequenos guinchados que fazia o pedal do bumbo de Bonham ao tocar, o que incomodou um pouco Page depois no resultado.
"Out on the Tiles" a música quer dizer na gíria britânica daquele tempo algo como "ir pra balada", dito por Bonham um dia quando referia-se a ir para bares tomar uns drinks. O efeito "espaço-ambiente" que percebe-se na música é devido a microfonagem que Page fez na gravação, colocando os microfones todos longe dos auto-falantes na hora de gravar. A banda Megadeth fez um cover desta música na versão japonesa do album "United Abominations".
"Gallows Pole" adaptação que Jimmy Page fez para a versão que Fred Gerlach fez da música tradicional chamada "The Maid Freed from the Gallows". A música começa com violão simples depois adicionam-se bandolins, logo depois baixo elétrico, finalmente depois banjo e bateria juntam-se de uma vez.
"Tangerine" música composta por Page que tem origem em uma velha canção dos Yardbirds chamada "Knowing That I'm Losing You", com um toque de estilo country music devido a slide que Page usa nela. Até os vocais de Plant são gravados em duas pistas com os tons diferentes, um mais grave e outro mais agudo. Dave Matthews fez este cover muitas vezes na década de 90 em seus shows.
"That's the Way" uma das mais melódicas e gentis músicas gravadas pela banda, tocada por Page no violão em sol e slide guitar, enquanto John Paul Jones toca bandolim. Composta por Page e Plant em Bron-Yr-Aur é possível se notar a atmosfera do País de Gales em suas melodias.
"Bron-Y-Aur Stomp" mais uma composta por Page e Plant onde nem é preciso mais dizer, Jones também recebeu créditos por ela no disco. Gravada em um estúdio móvel dos Rolling Stones em Headley Grange. Nota-se Bonham tocando colheres e castanholas no final da música.
"Hats off to (Roy) Harper" última música do album onde Page toca slide enquanto Plant canta com efeito de tremolo. A música é um amontoado de fragmentos de composições de blues de vários artistas, é um tributo ao cantor de folk Roy Harper e os bluseiros americanos da década de 60.
Pérola da música! Have fun People!

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