Slayer - Seasons in the Abyss

Vindo de clássicos como "South of Heaven" e "Reign Blood" a banda continuou sua evolução neste disco. Este album é o mais maduro combinando a agressividade e velocidade de "Reign in Blood" com a pegada mais polida de "South of Heaven". Mesmo assim conseguindo ser mais pesado e melódico que ambos os antecessores. A produção ficou por conta de dois monstros da gravação de música pesada, Rick Rubin e Andy Wallace, as letras são diversificadas, as guitarras de King e Hanneman consagram-se como um dos melhores duos de som pesado de todos os tempos. Além de tudo este é o último disco gravado com o baterista Dave Lombardo, mostrando extrema precisão e variedade delirantes, até seu retorno em "Christ Illusion" anos depois.
O album começa quente com "War Ensemble", que combina riffs pesadíssimos com uma velocidade alta até mesmo para os padrões de Slayer. Realmente um clássico instantâneo. Então as coisas mudam um pouco. As excelentes "Spirit in Black" e "Born of Fire" são duas pauladas speed metal na veia, enquanto "Blood Red" e "Dead Skin Mask" fazem um perfeito contraponto diminuindo a velocidade com bom efeito. A música final que leva o nome do disco é uma épica de mais de seis minutos, com uma ótima introdução e melodias assombradas. Os vocais de Tom Araya neste album também são destaque, estão muito mais variados e ao mesmo tempo concisos que nos outros albums, fácil de se perceber na faixa título e em "Dead Skin Mask". Aqui entra o dedo dos produtores. De qualquer forma para os velhos fãs da banda a gritaria dos albums anteriores também não poderia de estar presente no album.
A respeito das letras, a banda parece ter seguido o caminho apontado já no "South of Heaven". As letras sobre diabinhos e capetinhas foram substituídas pelo tema do Mal em um aspecto mais amplo. "War Ensemble" e "Blood Red" inteligentemente abordam o aspecto destrutivo da violência e da guerra. "Dead Skin Mask" conta a saga do assassino em série Ed Gein. "Expendable Youth" trata sobre violência urbana. No restante das músicas as letras não são tão claras e eloquentes porém são obscuras e opressivas como tudo no album.
Se você ainda não tem este disco, você está perdendo um dos marcos do metal mundial.
The evolution of Slayer.

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