Hüsker Dü - Warehouse Songs and Stories

Diferente da maioria das bandas,o Husker Du teve seu fim antes da decadência,e nos deixou com simplesmente essa obra prima "Warehouse Songs and Stories" de 1987.Em Warehouse, eles mandam bala naquilo que os Pixies souberam trabalhar depois - e que o Nirvana incorporou para se tornar a maior banda do mundo (em 1991, Bob Mould recusou o convite do então discipulo Kurt Cobain para produzir Nevermind. Sobrou para Butch Vig).Antes de Warehouse,o Husker Du não passava de uma simples banda independente,dando coices hardcore,como em seu álbum de estréia "Land Speed Record" de 1981.
O Hüsker Dü foi uma das primeiras bandas pós-punk americano dos anos 1980 a assinar com uma grande gravadora - o império Warner Bros os capturou em 1986. Depois de soltarem o belo (e surpreendentemente otimista) Candy Apple Grey, Mould e Hart abriram o registro para jorrar Warehouse. O som do LP, segundo álbum duplo da carreira do Hüsker Dü (o primeiro foi a obra de barulheira conceitual Zen Arcade), é de chorar. Paredes de guitarra mouldiana como reboco da cozinha firme de Norton e Hart, vocais humanos (de urros a sussurros) com harmonias bastardas dos Beatles. E coloridos de ritmo em que convivem valsa-punk ("She Floated Away"), 1-2-3-4 ramonesístico (a suprema "Could You Be the One") e rockabilly desnorteado ("Actual Condiction"). As letras seguram ainda mais. O Hüsker Dü montou um mosaico da vida corriqueira: ansiedades, paixões em desenvolvimento e/ou mal resolvidas ("Could You Be the One", "Standing in the Rain", "Ice Cold Ice"), responsabilidades assumidas ("Charity, Chastity, Prudence and Hope"), desmoronamentos emocionais ("She Floated Away"), pequenas alegrias ("These Important Years"). Bob Mould, homossexual discreto que se recusa a levantar bandeiras, tem sensibilidade para escrever feridas abertas que se aplicam a heteros, homos e pessoas que assistem a comerciais de jóias de madrugada. Basta prestar atenção no cenário descrito em "Standing in the Rain", que narra o fora levado por Mould num encontro - quem não passou por uma situação dessas? Hart não fica atrás. Com compositores desses, como a banda acabou? Como? Não sei. Acabou. Mould formou e separou o Sugar no meio de sua carreira solo. Hart montou uma banda, Nova Mob, que entrou em parafuso e está só também. O bigodudo Greg Norton hoje é um mero chefe de cozinha depois que o Hüsker Dü passou a ter começo, meio e fim. Mediafire

Who's the Man? - Soundtrack


Trilha sonora do filme do gênero comédia de 1993. A trilha foi lançada no mesmo ano e consiste basicamente de hip hop, alcançando na época bons números nas paradas e vendas além de revelar alguns artistas até então obscuros.
Como quase todas as trilhas com vários artistas e coletâneas, o disco tem altos e baixos. Ótimas faixas com Notorious B.I.G., House of Pain, Erick Sermon e Father MC. Faixas medianas com 3Rd Eye, Spark950 e Pete Rock. E porcarias como Crystal Johnson. A parte boa é que no computador você pode deletar o que não quer ouvir mais.
Fica a gosto do freguês.
O filme é pastelão também.
You are at your own risk here.

Ice-T - Home Invasion

Quinto album solo de Ice-T, senhor Tracy Marrow, lançado em 1993, o primeiro na Rhyme Syndicate Records.
Primeiro album lançado depois da controvérsia com a música "Cop Killer" do Body Count. A Sire/Warner Bros Records inicialmente ficou ao lado da banda com a liberdade de expressão, mas alguns dentro do conglomerado da Time Warner começaram a tomar uma postura mais pragmática com isso. O album era para ser lançado em novembro de 1992, mas as revoltas urbanas de L.A. ainda estavam frescas na mente das pessoas, uma eleição estava em processo e algumas músicas anteriores de Ice-T e Dr. Dre ainda estavam em trâmites legais, então Ice-T concordou em adiar o lançamento do album além de remover a música "Ricochet" que já estava na trilha sonora do filme de mesmo nome.
Com o lançamento do album adiado para fevereiro do ano seguinte, a gravadora disse para Ice-T que não lançaria o album com a capa proposta, que tinha um garoto branco imerso em cultura negra de gangs com ícones de violência em volta, mesmo já estando com número de catálogo 54119 e com single "Gotta Lotta Love" lançado. Ice-T inicialmente concordou, e optou por uma capa toda preta e com o título "The Black Album". Posteriormente ele sacou que seu futuro seria monitorado e censurado, e deixou a gravadora amigavelmente, assinando um acordo de distribuição com a Priority Records que lançou o album com a arte da capa original. Com o adiamento do album ele também aproveitou para atualizar as letras antes de lançar.
A música "It's On" começa com a frase: "Turn up the mic, dog, so I can get off / Find me Charlton Heston and I might cut his head off." O ator pressionou a Sire/Warner Bros para dissolver o contrato com o rapper por isso. A fixa título explora a idéia da casa de um supremacista branco sendo invadida por MCs políticos para resgatar as crianças de uma doutrinação racista. "Gotta Lotta Love" prega sobre uma trégua na guerra de gangs de Los Angeles. "That's How I'm Living" é autobiográfica descrevendo sua juventude. "Race War" é uma reflexão sobre as revoltas urbanas e um aviso sobre a possibilidade disso acontecer novamente. "Message to the Soldier" oferece conselhos para aqueles que estão envolvidos em hip hop político. Depois de se abster no album anterior, "O.G. Original Gangster", de rimas sobre sexo ele volta com duas neste disco em "Addicted to Danger" e "99 Problems".
O album arrebentou nas paradas e vendas na época e foi o último disco do Ice-T a ter conteúdo político significativo. Seus trabalhos posteriores foram mais voltados para o gangsta rap em geral. Isso reflete neste album que deixa de lado os apelos engajados que estavam presentes nos encartes dos albuns antigos desde "Power". Algumas pessoas viram este album como um princípio de declínio na carreira dele como rapper, com críticas cada vez mais desfavoráveis em relação aos albums anteriores, muito porque a onda estava saindo do rap político para outras variantes na época. Também a rivalidade entre costa leste e oeste estava no auge, coisa que Ice-T sempre manteve-se afastado. Ele nasceu em New Jersey, migrou para California, e fazia rap no estilo East Coast. Soube administrar bem isso tudo.
De qualquer forma este album é rap de primeira, para os que esperavam mais "Original Gangsta" só lamento. Este disco aqui é monstro.
Angry shit!

Ice Cube - War & Peace Vol.2 (The Peace Disc)

É bom deixar claro desde o início que conceitualmente a idéia de "War" e "Peace" desses dois albuns é furada. Esta é a segunda parte do projeto. Album que estourou nas paradas.
A música de abertura "Hello" tem a lendária formação de três membros do N.W.A., Cube, MC Ren e Dr. Dre. A faixa "You Can Do It" estourou na Europa anos depois nos clubs.
O album não teve a promoção que deveria com a gravadora dando preferência na época para Eminem que estava na moda. Por isso este foi o último com a Priority Records. E a mensagem vai na lata com "Record Company Pimpin'".
Este segundo disco continua gangsta como sempre mas com uns club hits e umas mais melosas como "Until We Rich", que mesmo assim manda uma bela mensagem para o homies.
A produção continua excelente como dito sobre o "Vol.1".
Another strong production from him.
Quinto album de estúdio do rapper americano Ice Cube, membro fundador do grupo seminal de gangsta rap N.W.A., lançado em novembro de 1998 pela Priority Records. Primeira parte de um projeto de dois discos sendo o segundo "War & Peace Vol. 2 (The Peace Disc)" lançado posteriormente em 2000. O album tem vários produtores de peso como Bud'da, E-A-Ski, o próprio Ice Cube, K-Mac, Master P, N.O. Joe e T-Mix. O som vai desde aquele gangsta rap californiano até o metal com participação de Korn na faixa "Fuck Dying". Depois de cinco anos de hiato após "Lethal Injection" Ice Cube voltou com tudo.
Após quase uma década de carreira o cara monstra aqui que é um dos maiores do gangsta, inclusive nos samples que continuam unilaterais na tradição do estilo. Cheios de escalas menores, climas soturnos que casam perfeitamente com as letras malvadas num mix rico de detalhes. Além da participação de Korn nota-se alguns loops de No Doubt em "War and Peace", o que engrandece ainda mais esse passo além dado na produção.
Até aqui ninguém pode dizer que Ice Cube se vendeu. O cara continua com rimas venenosas e malvadas que vão desde temas do cotidiano das gangs, ex mulheres, vagabundas e até política nacional moendo Bill Clinton em "3 Strikes You In".
Album monstro!

Public Enemy - Yo! Bum Rush the Show

Debut album do grupo americano lançado em 1987 pela Def Jam Recordings nos Estados Unidos. Introduzindo também o famoso logo com o carinha na mira. Os samples do disco são bem pesados e foram feitos pelo The Bomb Squad, que tem essa característica de carregar bem nas tracks e que tornou-se marca registrada da banda depois.
O album foi sucesso de venda e aclamado pela crítica na época. Tratando-se de Public Enemy não é necessário dizer que é um dos albums mais importantes da história do rap/hip hop.
O som é aquela raiva e resistência que deu voz a uma comunidade. Batidas pesadas, e letras minimalistas abandonando a rima às vezes. Sem contar os scratches característicos de Terminator X, o monstro das pickups. Em geral um album bem cru e direto, como o rap deve ser, ao contrário do que se tornou atualmente.
Som inusitado para a época e até hoje no topo da lista.
The one that started it all.

Asado - Asado

Myspace:Forged in the frozen wastelands of Winnipeg MB, Asado brings forth a brand of punkrock that is uniquely their own. Armed with their powerful signature voice, punishing rhythm section and remarkably tight twin guitar attack, their music is a breath of fresh air in a world ruled by cookie monster 1 note breakdowns and cockrock radio garbage. Their self-titled debut album was released on Japan's Bells on Records in May of 2008 and is revered all over the world as a "must have" for fans of the genre. Mediafire

Helmet - Size Matters

 O Helmet ressurrecto invoca um Page Hamilton mais gritador contra uma nova seção rítmica, mas essa é a única mudança. Page Hamilton o fundador da banda e compositor principal é o único membro original a tocar no album. Alguns fãs antigos da banda recusam-se a considerar este um album do Helmet e sim um projeto solo de Page Hamilton. De acordo com ele, John Stanier (bateria) e Henry Bogdan (baixo) recusaram-se à reunião.
O album apesar de tudo carrega a marca registrada de Page Hamilton com sua guitarra característica em staccato. Os outros músicos do album foram John Tempesta na bateria e Chris Traynor no baixo (guitarrista na turnê de "Aftertaste"). Depois das gravações entrou Frank Bello no baixo e Traynor pode voltar para a guitarra.
Em geral não é um disco ruim como se fala tanto pela mídia, internet e até fãs. Se a gravação fosse estilo lo-fi como as antigas muita gente estaria elogiando mesmo se fossem exatamente as mesmas músicas gravadas. Os vocais de Hamilton estão em geral mais roucos ou mais podrões do que antes mas nada que descaracterize o estilo da banda.
Quem continua torcendo o nariz para este disco está perdendo bastante pois o album é daqueles que ficam melhores a cada audição.
Screw nu metal this still Helmet.

Ignite - Best of: 1994-2004

Velha banda conhecida de hardcore melódico de Orange County, California. Não apenas mais uma banda dentre tantas provenientes deste celeiro. Eles não usam maquilagem, não fazem pose e nem são saudosistas de um estilo quase morto. Mas sim, são um grupo que toca junto a mais de dez anos, com relativo sucesso e com uma grande militância, politicamente engajados em vários setores fora da música. Com uma base de fãs em mais de trinta países.
Grande coletânea contendo 25 músicas que vai desde o primeiro disco até o penúltimo. Incluíndo "Veteran", "Burned Up" e "Run".
Ótima pedida para os fãs do vocalista com o nome mais legal do hardcore, Zoltán. Lembrando que tem músicas com os outros vocalistas antigos também.
Discaço!

Pennywise - Reason to Believe

Nono album de estúdio da banda lançado em 2008 por download grátis pelo Myspace. MySpace Records lançou o o album nos Estados Unidos em CD e uma edição limitada em vinil com duas faixas bonus que não saíram em nenhum outro formato. O album saiu na Europa pela Epitaph. Originalmente para ser lançado em 2007 o album veio preencher uma brecha de dois anos desde o oitavo lançamento da banda, e teve o título provisório de "Free for the People" mas que foi deixado de lado.
Algumas cópias do album têm o selo de "Parental Advisory" na capa, estranhamente o primeiro deles a ter isso sendo que outros albums têm letras bem mais pesadas que esse.
O album alcançou a 98# posição na Billboard 200 americana, a segunda pior posição da banda desde o "About Time", que ironicamente foi aclamado pela crítica na época.
Este é o último album da banda com o vocalista Jim Lindberg que fechou sua participação com chave de ouro (a banda agora conta com Zoli Teglas nos vocais).
Para quem estava de saco cheio da banda lançando albums como "The Fuse" este vem para surpreender. Sim, ele soa bastante como Bad Religion cheio de "oooos" e super-produzido, mas tem uns toques do velho Pennywise, letras mais sérias e um instrumental mais pesado que de costume. Um Pennywise amadurecido.
After years, a reason to believe.

Circle Jerks - Golden Shower of Hits



Tudo que você ama sobre os legendários punks da California os Circle Jerks está gloriosamente mostrado aqui em "Golden Shower of Hits". Último album com Roger Rogerson no baixo e Lucky Lehrer na bateria, que acabou não sendo creditado mas foi quem tocou. Após a saída dos dois o som da banda tomou outro direcionamento, no album de 1985 "Wonderful".
"Golden Shower of Hits" é mais um disco que segue bem a linha dos Jerks, rude, barulhento e engraçado. Excelente!
Legendary Cali punk band.

Motörhead - Ace of Spades

Quarto album da banda britânica lançado em 1980 que ganhou disco de ouro em 1981.
O album foi gravado em agosto e setembro de 1980, produzido por Vic Maile no Jackson's Studio em Rickmansworth, Reino Unido. O primeiro de uma série de projetos com Maile que a banda declarou na época ter achado o seu verdadeiro produtor. A banda deu uma mexida na mixagem anteriormente, mas Maile tomou toda responsabilidade pelo album, o que agradou a banda bastante.
A capa bizonha com os três vestidos de cowboys estilo Arizona foi feita em um areião em Barnet, North London.
Para a promoção do disco a banda apareceu no programa Top of the Pops duas vezes, e como convidados no programa infantil matinal da ITV, Tiswas.
A banda saiu em turnê sob o nome de "Ace Up Your Sleeve" com as bandas de suporte Girlschool e Vardis. Depois de um show em Belfast, o azarado baterista quebrou o pescoço fazendo a banda cessar suas atividades por um tempo. Os outros membros da banda aproveitaram a oportunidade para colaborar com a banda Girlschool para o EP "St. Valentine's Day Massacre".
A receptividade de "Ace of Spades" foi imensa, e o album foi aclamado como um dos melhores do gênero na época e até hoje considerado um clássico. Apesar da banda sempre declarar ser um grupo de rock 'n roll o album é considerado por muitos também um dos precursores do thrash metal. A faixa título é um hino da banda.
"E esses peidos! E esses peidos!"
Motorclassic.

Agnostic Front - Something's Gotta Give

"United we stand,divided we fall,gotta gotta gotta go!!" Isso resume um bocado o Agnostic Front,banda Nova Iorquina de hardcore,uma das maiores representantes do NYHC,senão a maior.Bases empolgantes, arranjos criativos, vocal inconfundível de Roger Miret, coros no melhor estilo de guerra e sempre com letras dotadas de conteúdo - o principal pilar para construir o hardcore. É nesse CD que está um dos grandes hinos do hardcore, a excelente "Gotta Go!", que é uma música para quebrar tudo num show, para cantar do começo ao fim e pirar nos solos de guitarras que, apesar de serem simples, dão uma surra feia nos daquelas bandas de "metal progressivo". Nesse CD está também um cover de uma banda Iron Cross, com a música "Crucified", simplesmente matador! As demais músicas são na mesma linha, não deixam pedra sobre pedra, não deixam a empolgação cair e provam porque o Agnostic Front é uma banda respeitada por todos e que sobrevive às décadas sem perder o espírito,e porque monstros como Madball e Sick of It All se inspiraram nesses caras. Mediafire
Sexto album de estúdio da banda irlandesa lançado em 1976 que proporcionou um grande sucesso comercial para eles nos Estados Unidos. Neste disco está o maior sucesso da banda, "The Boys Are Back in Town".
Obra prima do gênio muito doido Phil Lynott.
A banda foi formada em Dublin em 1969, liderada pelo baixista Phil Lynot que compôs os maiores sucessos da banda que até hoje são bastante tocados no rádio. Após a morte de Lynott por overdose a banda continuou com diferentes formações.
No album aparecem bem as guitarras em duo como característica básica da banda. Após fazer turnê como banda de suporte nos Estados Unidos com Aerosmith, Rush e REO Speedwagon a banda ia sair em turnê com o Rainbow, mas Lynott ficou doente com hepatite devido às drogas e álcool e a turnê acabou cancelada.
As pessoas na época poderiam estar somente sedendas por um disco novo de Springsteen e acabaram comprando Thin Lizzy no lugar, mas não é cabível pensar assim. Fora "The Boys Are Back in Town" também "Jailbreak" deixa seu recado poderoso: "Tonight there's gonna be a jailbreak, somewhere in this town"--yeah well, the jail seems a likely place". Uma lição de hard rock. Um album que feito no meio da década de 70 mas que soa mais avançado que qualquer banda do gênero da década de 80. O som varia com elementos de funk e baladas que quebram da característica do rock pesado da época como Black Sabbath. Mais uma daquelas bandas que dão a sensação de terem sido injustiçadas.
Fantastic rock album.

Kiss - Creatures of the Night

Album de 1982 e o décimo de estúdio da banda, também o último lançado pela Casablanca Records, que foi o único selo em que a banda gravou até então. O disco foi dedicado ao fundador da gravadora Neil Bogart, que apoiou a banda desde o início e morreu de câncer durante as gravações.
O album representa um esforço consciente da banda em retornar ao estilo de som hard rock/heavy metal que ajudou a consagrá-los comercialmente na década de 70, depois do declínio da banda nos discos de 79 e 1980 "Dynasty" e "Unmasked". A banda chegou em uma encruzilhada em que ou voltava ao heavy metal ou falhava. Um dos ingredientes chave nesse processo foi o guitarrista e compositor Vincent Cusano, com quem a banda recentemente estava compondo e gravando, e que logo depois estava por entar no lugar de Ace Frehley na guitarra solo. Frehley não tocou neste album e também foi o primeiro com Vinnie Vincent na banda.
O album ganhou disco de ouro em 1994.
"I Love It Loud" continua um hino da banda e do rock/metal até os dias de hoje.
Back on tracks Kiss.

Terceira coletânea lançada pelos pioneiros do metal (contando com o video game de 1999, "Ed Hunter", que vinha com um CD de 20 músicas escolhidas pelos fãs), em 2002 junto com o box massivo "Eddie's Archive" como uma forma de introduzir novos fãs à banda. Entretanto muitos fãs antigos reclamaram da falta de material exclusivo e raro, também da ausência de material dos dois primeiros albums com Paul Di'Anno nos vocais.
Em 2005 uma edição revisada foi lançada na Europa, Asia e América do Sul com uma lista de músicas um pouco diferente. A versão aqui em questão é a antiga.
Como toda coletânea mais uma vez algumas escolhas são questionáveis como "Bring Your Daughter to the Slaughter" e a falta de "Hallowed Be Thy Name" por exemplo.
Para quem gosta do estilo e não tem vários discos da banda a coletânea é uma boa, mas para fãs que possuem os albums fica meio dispensável.
Skip this album if you dare.

AC/DC - T.N.T.

Segundo album de estúdio da banda australiana, lançado em 1975, ainda com o vocalista original Bon Scott. Sete das nove músicas foram escritas por Angus Young, Malcom Young e Bon Scott. "Can I Sit Next to You Girl" foi escrita por Young & Young, e "School Days" é uma versão cover de uma música de Chuck Berry.
O disco foi originalmente lançado pela Albert Productions e nunca mais foi relançado por outro selo. Entretanto a maioria das músicas foram incluídas no album da Atlantic Records "High Voltage" que foi lançado internacionalmente em 1976.
O album marcou uma mudança no direcionamento musical da banda em relação ao antecessor "High Voltage" lançado em 1975. Em "T.N.T." a banda embarcou na fórmula que lhes levou ao sucesso: rock n roll afiado com bases no blues. Enquanto em "High Voltage" o som estava mais influenciado por glam-rock. "T.N.T." possui algumas das músicas mais famosas da banda como a faixa título, "It's a Long Way to the Top (If You Wanna Rock 'n' Roll)", "The Jack", "Rocker" e "High Voltage".
Dois singles foram lançados do album - "High Voltage" (julho de 1975) e "It's a Long Way to the Top (If You Wanna Rock 'n' Roll)" (dezembro de 1975). "High Voltage" foi a primeira canção escrita e gravada para o album, inspirada no título do album anterior. O que fez muitos fãs acharem que era do album anterior "High Voltage". Chris Gilbey da Albert Productions mais tarde disse ter sido isso uma causa do repentino aumento depois nas vendas.
O album levou a banda a várias aparições no famoso programa Countdown na Austrália, com participações ao vivo e o video de "It's a Long Way to the Top (If You Wanna Rock 'n' Roll)" que foi filmado em fevereiro de 1976, em que a band aparecia com membros da Rats of Tobruk Pipe Band, viajando em um caminhão na Swanson Street em Melbourne o que levou em 2004 a decisão de colocar o nome na Melbourne Corporation Lane de ACDC Lane em tributo a banda.
Album que revolucionou a história do rock e horrorizou a sociedade australiana na época. Pais odiavam o AC/DC e trancavam suas filhas em casa, enquanto muitos batiam cabeça imitando Bon e Angus gritando "Oi!". Época das bandas glam do meio da década de 70, que foram explodidas por esse "T.N.T.". Sem falar que como um album pré-punk ele tem muito de punk na essência. Trinta e cinco anos depois cá está AC/DC, atual e imbatível.
Its a long wayyyy to the top!!!!! if you wanna rock n rooooolll!!!!

Diamond Head - Lightning to the Nations

Debut album da banda, depois de duas demos em 1977 e 1979, gravado também em 79 e lançado em 1980 pelo selo próprio da banda Happy Face Records, devido à falta de interesse das grandes gravadoras na época e a necessidade de correr atrás de outros nomes que já estavam se tornando grandes como Iron Maiden e Def Leppard. Este CD aqui é o relançamento da Metal Blade Records de 1992.
A história da banda é uma das mais peculiares do rock n roll, mas seu legado foi grande. A banda ganhou atenção na época por fazer turnê com AC/DC e Iron Maiden, porém nenhuma gravadora quis se comprometer com a banda, também porque vinha sendo empresariada pela mãe do vocalista que não sabia aproveitar o "momentum" comercial da banda. Como todo mundo já estava se dando bem, menos eles, decidiram lançar o disco pelo selo próprio.
O album foi gravado em sete dias no The Old Smythy Studio em Worcester, o qual a banda chamou de "morto". O album veio numa capa branca simples sem título, contendo apenas a assinatura de um dos membros da banda e sem lista de músicas (por isso também é conhecido por "White Album"). A razão para isso foi que o empresário da banda, Reg Fellows, era dono de uma fábrica de papelão e poderia produzir capas em branco a baixo custo. Também a razão de lançarem este album era a tentativa de deixar umas músicas prontas para que pudessem depois tentar um lançamento com uma gravadora grande, já que o custo das gravações estavam cobertos, a idéia foi de Fellows e da mãe do vocalista que tornou-se tour manager na época. Saíram originalmente só 1000 cópias na época, e somente estavam à venda nos shows e por encomenda de correio pelo preço de 3.50$ libras. A única propaganda de venda pelo correio apareceu na revista de música britânica "Sounds" e durou quatro semanas. A banda não pagou pelo anúncio e acabou sendo processada.
O album depois de um tempo tornou-se um item cobiçado por colecionadores de discos. Uma segunda prensagem saiu depois de um tempo, essa com o nome das músicas. A única fita de 1.1/4 master foi perdida depois que a banda mandou para a gravadora alemã Woolfe Records, e nunca retornou. Entretando a Woolfe Records lançou o album com a capa de um mundo pegando fogo nela.
O album catapultou a banda para a linha de frente do NWOBHM e acabou sendo um grande influência para muitas bandas futuras como Metallica, Kreator, Sodom, Exodus e Megadeth. Dessas principalmente o Metallica é a mais influenciada, com covers gravados e suspeitas de cópias como "Seek and Destroy' e "Sucking My Love".
Stay metal.

Municipal Waste - Hazardous Mutation


Tinha que acontecer. Com a febre retroativa de estilos musicais na comunidade heavy metal dos anos 2000 (como Witchcraft, The Sword e Wolfmother por ex.), alguma banda teria que trazer à tona a famosa mistura de hardcore e thrash também conhecida como crossover. E poucos que lembram-se do subgênero na sua forma original poderiam pensar que o Municipal Waste de Richmond, Virginia, fez sua lição de casa, apresentando em seu segundo album, "Hazardous Mutation" de 2005, uma porrada autêntica dos anos 80 crossover thrash sem que se pense que seja dos anos 2000.
A capa foi feita por Ed Repka que também fez capas para outras bandas de metal como Megadeth, Death e Massacre. O desenho é relacionado a música "Hazardous Mutation" em que pessoas sem trajes de proteção química viram mutantes, e os sobreviventes humanos estão sendo perseguidos por um bando de mutantes em uma tombeira vermelha.
O som da banda captura a temática do crossover thrash dos anos 80 também combinando com letras bem juvenis e cheias de humor como era na época. Letras como "Bangover" por exemplo que relata a ressaca após um show louco de thrash e "Abusement Park" que fala sobre um parque aparentemente inocente mas que na verdade é dominado pelo mal. De longe pode-se dizer que não é um som datado, a banda une o melhor do thrash antigo com uma nova roupagem e mantém a chama do crossover viva nos dias de hoje com propriedade. Lembra muito o saudoso D.R.I. sem descanso uma faixa após a outra paulada e mais paulada. É um disco de tirar o fôlego.
Bom saber que o bom metal não morreu.
Destaque para a faixa título, arrebenta!
Amazing and sweet revival.

Superjoint Ritual - Discografia


O Superjoint Ritual é uma banda de Sludge/Hardcore/Crossover de New Orleans, Estados Unidos formado por Phil Anselmo, Joe Fazzio e Jimmy Bower no começo dos anos 90, e mais tarde sendo integrado por Hank Williams III e Kevin Bond.Extremo é mais do que uma palavra, é uma ordem, que foi prontamente obedecidsa em seu álbum de estréia. Influências? Tente Black Flag, Righteous Pigs, Celtic Frost e Voivod, somente para mencionar alguns, e, de acordo com Bower "um tapa na sua cara, que irá fazer você se sentir dentro de um liquidificador". Existe um pouco de tudo isso misturados nas 16 faixas do primeiro álbum, que nos faz rever nossos conceitos sobre heavy metal. Em 2002 a banda lançou se álbum de estréia "Use Once and Destroy" e pouco mais de uma ano depois a banda retorna com o poderoso "An Lethal Dose of American Hatred" com o qual Phil Anselmo está totalmente empolgado: "É uma mistura perfeita de estilos" - diz Anselmo - "Você poderia facilmente dizer isso sobre "Use Once and Destroy" também, mas para mim o novo disco é tudo isso e mais um pouco. Em vez de uma música mais próxima do hardcore ou do metal, neste disco você encontra muitos estilos em uma só música". Infelizmente,No começo de 2005, uma disputa judicial entre Anselmo e Fazzio levou a banda ao fim, confirmação esta que veio por Hank III e Bower. Mas fiquem com essas duas maravilhas pra bater a cabeça na parede até sangrar!! Superjoint Ritual - Use Once and Destroy (mf) Superjoint Ritual - A Lethal Dose of American Hatred (mf)

EP split que vem aparecendo aqui por causa do Bad Acid Trip, banda que traz um hardcore/grindcore de primeira, com seis boas músicas para quem gosta do estilo. O Agathocles aparece com duas músicas ao vivo em Berlin, horríveis e barulhentas, que dispensam maiores comentários.
Este EP saiu em duas edições diferentes incluíndo diferentes músicas do Bad Acid Trip. Esta versão aqui é um gold vinyl com edição limitada de 610 cópias pela Agitate-96 de 1998.
A banda Bad Acid Trip, para quem não conhece, é composta por um bando de lunáticos de San Francisco Valley que apresentam um som fora dos padrões, misturando vários estilos e temáticas. Vale a pena um conferida.
Crazy shit.


De fato, este self-titled em comparação com os outros albuns é bem mais direto na veia, ponto final.
No início após o lançamento alcançaram um moderado sucesso com o primeiro single "Sugar" que tornou-se uma das favoritas no rádio, seguida pelo outro single "Spiders". A banda fez uma longa turnê para promover o album com Slayer e Metallica antes de abrir caminho até o segundo palco da Ozzfest. Após a Ozzfest, saíram em turnê com Fear Factory e Incubus até serem a atração principal na Sno-Core Tour com Puya, Mr.Bungle, The Cat e Incubus como bandas de suporte.
A capa do disco é um poster da Segunda Guerra de John Heartfield para o Partido Comunista Alemão. A parte de trás do CD traz a seguinte mensagem: "As the century nears its formidable end, our global experience of universal proportions, predicted by many greats, will arrive at our solar system, to our System Of A Down. Authoritarian Oppression, family abuse, depression caused by conformity, and economic devastation will be neutralised by technological terrorism in times of complete chaos. Control will never again be gained for toleration will become extinct. A husband quarreling with his wife will not think twice or regret his spent bullet. Hungry children will not spare the grocer. Remorse in all forms will be removed from human thoughts and actions. Freedom will only be available through revolution or death. This system of a down is unavoidable as life on this planet becomes unnecessary.о The hand has five fingers, capable and powerful, with the ability to destroy as well as create. We have the power to stop and reverse the tides of time by making our awareness of abuse known to the powers of industry and their uncouth political arms. Only by raising this awareness and promoting personal peace within today's self-defeatist society, can we allow the planet a chance to avoid self-destruction! Open your eyes, open your mouths, close your hands and make a fist."
O som é um híbrido de um explosivo rap-metal, letras politicamente incendiárias e influências de vários estilos e culturas. Os membros da banda são descendentes de armênios mas seus estilos de tocar transcendem qualquer rótulo fixo. Os gritos do vocalista Serj Tankian podem competir com qualquer roqueiro de qualquer banda desse mundão, mas sua marca registrada são seus acordes melódicos e intensos como em "Spiders" e na condenatória "P.L.U.C.K." que trata do genocídio de milhares de armênios pelo governo turco em 1915. O resto da banda segue a mesma linha em arranjos instrumentais primorosos como em "Know", "Ddevil" e "CUBErt". A diversidade musical aparece em canções como "Sugar" e "Suggestions", com estonteantes mudanças de tempo e intensidade. As músicas "Peephole" e "War?" revelam um lado mais eclético da banda, com riffs influenciados pelo estilo do leste europeu, enfáticos gritos de guerra e samples produzidos pelo lendário Rick Rubin.
A banda costuma ser chamada de numetal porém escutando este CD fica impossível fazer qualquer relação com esse errôneo rótulo.
Psychotic jewel.