Meshuggah - Nothing


No reino do metal, poucas bandas são tão peculiares e técnicas quanto o Meshuggah. Esses suecos fazem música para descontrutivistas clinicamente doentes, coisa de louco mesmo. "Nothing", o quarto petardo deles, somente cimenta seus lugares como criadores do metal cósmico calculado. Podem chamar de Einstein metal se quiserem. O que ainda lhes dá um crédito extra é que eles são os únicos nesse "sub-sub gênero". Quando círculos de riffs bizarros, vocais de robóticos da morte, cromas neo-jazzísticos e composições musicais matemáticas são a arma principal, é fácil se colocar em um canto criativo. Para onde o Meshuggah poderia ir após a porrada de "Destroy Erase Improve" e logo após com o sufocante e violento "Chaosphere"? Bem, eles ficaram mais pesados ainda. Os guitarristas Marten Hagstrom e Fredrik Thordendal usaram guitarras de oito cordas para dar um grave extra para o que já era pesado, e umas pitadas de dissonâncias. O apropriadamente entitulado "Nothing" mostra arranjos mais esparsos, o tempo e a cadência colidem até que o som entre um buraco negro sonoro consumindo-se (por exemplo "Glints Collide" e a mais de sete minutos "Close Eye Visual"). Desse buraco negro, a luz rebate em "Nothing", o tema do album baseado no existencialismo e no trauma psíquico que causa na mente. O exercício cerebral continua, através de "Straws Pulled at Random", "Spasm" e a paisagem lunar arrepiante de "Obsidian", todas sendo anti melódicas, de ranger o dentes em regiões matemáticas opacas, importando um pouco da psicodelia do Tool com Death e até Gang of Four. "Nothing" dá um novo significado para a palavra pesado, empurrando o metal para as fronteiras da ciência abstrata. Para aqueles sortudos o suficiente para viajar no som do album, como toda boa arte, irá fazer cócegas em seus subconscientes conectando o interno (mente) e o externo (espaço). Novas fronteiras se abrem. Pena que poucas bandas arriscam tanto quanto eles.
Antidote for generic metal.


Scarve - Irradiant


Uma das bandas mais talentosas e ferozes da França. Se qualquer desavisado se der ao trabalho de procurar, irá encontrar um número surpreendente de bandas pesadas de ponta pelo país de Napoleon, bandas como Gojira e similares. O Scarve de Nancy chegou no seu melhor com este terceiro album, "Irradiant" de 2004. De fato, se o album tivesse alguma falha evidente, seria ter assimilado muitas vertentes extremas no seu espectro sonoro, mas desde quando isso é uma coisa ruim? Pelo menos até quando o artista em questão souber dizer "quando". O Scarve tem um pé bem fincado no prog metal o que fica facilmente reconhecível em "Hyper Conscience" e "The Perfect Disaster", o que faz o album necessitar uma audição mais atenta.
Tudo isso faz de "Irradiant" um album bem maduro e de mente aberta. Nada aqui é impossivelmente complexo porém muito bem composto e arquitetado. Passagens melódicas bem inseridas com porradarias bem equilibradas.
Solid album.

Aniversário de 2 anos do blog!!!


Isso mesmo pessoal, agora após mais de 90000 visitas (no niver de 1 ano estávamos na marca dos 30000) comemoramos 2 anos de blog (atrasados pois a data foi no começo do mês).
A proposta não mudou e a resistência continua, apesar da caça às bruxas que anda acontecendo especialmente com os hosts. Continuamos dizendo "fuck the majors".
Não posso deixar de mencionar e agradecer o Mimi que sempre apoiou o blog e é parte disso tudo tanto quanto eu.
Amigos Bobster metro stud, Murer (rulivi), Mark presidiário do kct e loko.
Enfim, obrigado a todos.

Algumas palavrinhas sobre SOPA e PIPA.


A coisa está realmente feia. Este mesmo post que estou editando aqui já foi censurado anteriormente, porém continha um texto extensivo e com um conteúdo mais pesado. Por isso vou ser breve. Talvez decidam tirá-lo do ar também.
Que fique um alerta para a molecada sem cérebro que prefere cruzar os braços. Impotentes são os covardes que se calam, votam nos mesmos, vão trabalhar no outro dia e não mudam nada. Ok "bando de moleque besta"? Agora vão se masturbar e comer caramelos, conformistas e escravos do consumo. A vida é muito mais do que seus inferninhos familiares e diplomas universitários da indústria do papel timbrado.
Por aqui a guerra está apenas começando. Eu disse GUERRA!