Primus - Frizzle Fry


O primeiro album de estúdio do Primus não poderia ser necessariamente uma surpresa para qualquer um familiarizado com seus dias de "Suck on This", nem menos que uma grande porção daquele album estivesse inclusa aqui. Não que fosse surpresa, mas o que foi prazeiroso foi como facilmente o trio colocou em prática os ritmos espásticos frenéticos, traduzidos tão bem longe dos palcos. Certamente o fato de Les Claypool já ter até feito testes para entrar no Metallica aparece claramente no metalzinho do começo de "To Defy the Laws of Tradition", mas quando ele começa a cantar sobre noivas escolhendo cores diferentes de branco para casamentos, o mundo próprio da banda surge à tona. É fácil perceber em restrospecto o tamanho da bagunça de estilos e influências que formaram o som da banda. Pequenos fragmentos e mínimos plágios de tudo desde o humor bizarro de Frank Zappa ao espelhafato de Funkadelic e Police no início, também Metallica como na faixa título.
O album é uma inspiração para músicos até os dias de hoje.
Early greatness.

Mimi´s Art - Galera

Mais arte estrambólica do Mimi. Retratando a galera do vfo no aniversário ainda de 1 ano.
Craaaazy!

Fishbone - Fishbone [EP]

Mesmo não sendo brilhante como os lançamentos posteriores, "Truth and Soul" de 1988 e "The Reality of My Surroundings" de 1991 foram, este EP soou como nenhum outro album da época em 1985. O disco contém somente seis músicas e o lado mais rock da banda ainda não estava presente fazendo deste o trabalho mais ska da banda. A combinação de elementos fez com que este EP influenciasse a cena de ska alternativo dos anos 90 (No Doubt, Sublime, etc.).
O disco contém "Party at Ground Zero", um dos clássicos dos shows da banda e favorita do público. "?(Modern Industry)" foge do convencional e soa bem doidona assim como "Another Generation". O disco abre com "Ugly", uma das favoritas dos fãs no início da banda, e termina com "Lyin´ Ass Bitch" que soa um pouco em desacordo com a chatice politicamente correta que surgiu nos anos 90.
Este EP continua sendo importante para os dias de hoje, foi a semente de um estilo ainda bastante tocado.
Underground classic.

Tool - Ænima

Em seu terceiro album, Tool explora o território do rock progressivo previamente forjado por bandas como King Crimson. Entretanto, Tool é conceitualmente inovador em cada minuto de sua arte, o que lhes põe aparte da maioria das outras bandas. Não se engane, este não é um disco da coleção de seu pai. Musicalmente, a banda nunca soou tão bem como aqui. Longas passagens explanatórias são tocadas com incrível precisão, detalhes e clareza, complementando as partes mais curtas, abrasivas e agressivas do album. Não há aquele compromisso exagerado de nenhum membro da banda, somente cada um descobrindo a dinâmica de seu respectivo instrumento e levando a capacidade física ao limite. Tópicos como as filosofias de Bill Hicks (eloquentemente expostas no encarte), evolução e genética, e falso martírio irão voar sobre as cabeças dos ouvintes casuais. Mas aqueles ouvindo mais seriamente irão descobrir algo mais. Um catalizador lhes encorajando a descobrir um mundo em suas voltas ao qual eles poderiam estar cegos até então. Se essas não forem razões suficientes para ouvir "Ænima", então o ouvinte pode voltar para o fácil de engolir comercial.
Not your average metal album.

Mimi´s Art - 1 ano de blog

Arte do Mimi sobre o aniversário de 1 ano do blog. Em primeiro plano está a Dany paquerando o Mark fazendo pose pisando no skate. Lá atrás o Loko errando uma manobra e voando como um sapo louco no ar. LOL
Este relançamento do album de estréia de King Crimson, "In the Court of the Crimson King" (1969), deixa todas as prensagens anteriores obsoletas. No final dos anos 90, Robert Fripp remasterizou o catálogo inteiro do Crimson para incluir em uma edição de aniversário de 30 anos. Não havia algo mais merecedor (ou necessário) de um belo upgrade do que este marco da história do rock. Inicialmente, King Crimson consistia de Robert Fripp (guitar), Ian McDonald (reeds/woodwind/vibes/keyboards/Mellotron/vocals), Greg Lake (bass/vocals), Michael Giles (drums/percussion/vocals), and Peter Sinfield (words/illuminations). Meio que profeticamente, King Crimson projetou uma banda obscura e incisiva de rock pós psicodélico. Assim como, eles foram inerentemente inteligentes. Uma espécie de Pink Floyd pensante.
Fripp demonstrou sua aptidão inata para contrastes e o valor do silêncio dentro de uma performance, mesmo nos primórdios como em "21st Century Schizoid Man". Uma música que não fica longe de ser o antecedente aural do que se tornou todo o som pesado alternativo/grunge. Justaposta com aquela intensidade elétrica vem a balada etérea noir "I Talk to the Wind". As delicadas melodias vocais e as flautas melancólicas de McDonald contrapostas ainda permanecem inalcançadas em um âmbito emotivo. As letras opacas e surreais são quase que um insight para o maestral jogo de palavras de Peter Sinfield, que agraciou os próximos três lançamentos deles. O lado A original termina com a poderosa imaginação sônica de "Epitaph". Os choros assombrados do melotron e as guitarras e violões de Fripp dão à introdução um tom quase sacro, adicionado gradualmente ao sentimento sinistro geral. O trabalho percussivo de Giles palpita pela música em ritmo de indução de transe. "Moonchild" é uma estranha e bizonha canção de amor, beirando o desconfortável. A melodia é ágil e atemporal, enquanto a instrumentação passeia como o vento através de galhos de árvores. No decorrer da música há uma improvisação que dissolve-se em uma sessão de free jazz não estruturada, com linhas de guitarra rolando através em paralelo. A faixa título, "In the Court of the Crimson King", completa o disco com mais uma linda e bombástica canção. Aqui novamente, a apreensão presente nas letras de Sinfield é instrumentalmente representada pela verbosidade contrastante no refrão e a natureza delicada dos versos nos solos finais.
É claro, esses comentários positivos só podem ser feitos contando com a versão digital. Agradeçam a Fripp e companhia pelo trabalhoso esforço. O resultado é bem saudosista, nem precisava dizer.
Powerful and somber.

Aniversário de 1 ano do blog!!!

É isso mesmo, após mais de 30000 visitas cá estamos comemorando 1 ano de blog.
Parece que foi ontem que fundamos isso eu e o Markee, com muita persistência, idealismo, paciência e humildade.
Agradeço a todos os nossos seguidores, amigos e uploaders, pessoal do grupo do msn etc etc.
Alguns nomes não poderia deixar de citar: Markee (volte logo a postar bro), Dany, Victor ex uploader straight edge crazy man, Shitman (crazy bastard), Pire, Mimi, Bob (mah man), Loko, Duarte (garanhão do agreste), e o super crazy Murer. Sorry se esqueci alguém.
De qualquer forma após 1 ano a resistência continua, agradeço de coração a todos pela amizade, participação e carinho, às vezes puxões de orelha e paciência esse tempo todo.
Esse niver é de todos nós.
Só a título de curiosidade deixarei a lista dos 5 tópicos mais acessados durante o ano:
Novamente obrigado a todos, que Deus lhes ilumine.
Click na foto para ver os participantes da festinha*
Se Fleetwood Mac, Humble Pie e Foghat nunca tivessem sido formadas, Free seria considerada uma das maiores bandas de blues-rock pós Beatles até então, e "Fire and Water" mostra o porquê. Conceitualmente novo, carregado de um sentimento de raiz, Free conseguiu distinguir-se do resto com um público diferente como Black Sabbath e Deep Purple fizeram em 1970 (em termos de impacto somente). Não só por causa de "All Right Now", o disco tem uma excelente uniformidade com boas canções no meio como "Mr. Big" (baixo super legal), "Do You Remember" e "Don´t Say You Love Me". Free apresentou-se para o mundo como uma banda completa, em cada sentido da palavra. Das guitarras charmosas de Paul Kossoff, aos vocais cheios de alma de Paul Rodgers, foi um grupo que facilmente poderia vestir o mesmo manto de Cream, Blind Faith ou Derek & the Dominos.
Another classic.