O segundo e último album com Lukin mantém a bandeira freak dos Melvins flamulando. Começando com a super lenta "Eye Flys", a qual, nada mais, mostra a habilidade de Osbourne em solos monstros enquanto Crover e Lukin tocam em um ritmo que seria muito lento mesmo para funerais, "Gluey Porch Treatments" é, em um sentido geral, isso aí mesmo. De novo, possivelmente com exceção de St.Vitus, poucas bandas na época estavam abraçando com tanto amor as monstruosidades do sludge como o trio estava (apenas compare com o que o próprio Ozzy Osbourne estava fazendo na época). Só "Exact Paperbacks" já comeria no café da manhã muitas bandinhas sem nem mesmo tentar. A combinação de ataques repentinos e batidas amplas mais uma vez fez maravilhas aqui. Enquanto Osbourne tenta remoldar o vocal de "God of Thunder" em uma nova roupagem para o underground ("Bitten Into Sympathy" em particular soa como a fusão máxima da voz de Gene Simmons e os riffs de Iommi) significa que ele mais uma vez conseguiu soar ridiculamente perfeito. Sílabas escritas no fim das frases descendem em trevas, insanidades parcialmente compreensíveis, melodias pontudas e grunhidos, está tudo lá. Crover diverte-se bem na bateria em alguns pontos, como no início de "Influence of Atmosphere", onde o eco de seus bumbos e pratos deixa o ambiente ainda mais dramático, ou o final de "Leeech". Além da faixa título, outros exemplos dessa sacada perversa da banda via título de músicas inclui "Steve Instant Newman" e a perfeitamente descritiva "Heaviness of the Load". Após estar indisponível por anos, "Gluey Porch Treatments" finalmente foi relançado em 2001 com várias faixas demo, perfeito para enterrar sua cabeça pescoço a dentro.
Demons of sludge.
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