Jefferson Airplane - The Worst of Jefferson Airplane


A despeito de seu título cínico, "The Worst of Jefferson Airplane" apresenta uma boa recapitulação dos seis primeiros albuns da banda. Lançado em 1970 logo após de saída inicial de Marty Balin da banda, o album marcou não só o fim da década mas também, sem querer, o fim da fase mais estável da banda em termos de membros. As faixas escolhidas são igualmente divididas entre os albuns da primeira geração, Somente o ao vivo "Bless Its Pointed Little Head" é representado por uma única música. Algumas omissões estão latentes aqui, mas notadamente o single de sucesso "Greasy Heart" e a faixa marca registrada de Kantner, "Wooden Ships". Apesar de tudo, as músicas escolhidas para este album sumarizam bem o apelo distinto de cada album do Jefferson Airplane da década de 60, e também o disco representa uma forma ideal de introduzir alguém ao material do começo mais psicodélico da banda.
The album to get yourself acquainted with the group.



Booker T. & The M.G.´s - Soul Dressing


Montado na maior parte com (não tão bem sucedidos nas paradas) singles de 1963-65, isso aqui é coisa sólida, mas um degrau abaixo das melhores coleções deles. As melhores faixas ("Soul Dressing", "Tic-Tac-Toe", "Can´t Be Still") são geralmente incluídas nas coletâneas best-of da vida, mas "Plum Nellie", apresentando alguns solos ferozes e contundentes de Cropper e Jones, é uma música subestimada.
Great trip back to a more soulful time.



Mimi pronto para desbancar o Clodovil faz modelitos de roupas agora.

The Ventures - In The Vaults, Vol. 4


Mesmo com um grupo tão prolífico como os Ventures, quando você se depara com um quarto volume de faixas inéditas e raridades, você se pega imaginando o quanto ainda resta nisso tudo para se fazer um CD. Ao mesmo tempo que tudo indica que o que temos aqui não faz parte das melhores até onde o catálogo de raros e não lançados vai, poucas das faixas na verdade são esforços solo de Don Wilson dos Ventures (alguns deles vagamente lembrando os Monkees), ou tiradas de um single de 1961 dos Marksmen do qual Nokie Edwards dos Ventures participou. Além do mais, algumas faixas estavam previamente disponíveis no LP de 1965 "On Stage" mas aparecem aqui sem o overdub do barulho da platéia. E, estranhamente, quase a metade das concessões copiosas das descrições do encarte não falam do conteúdo do CD, mas do papel dos músicos de estúdio nas gravações dos Ventures. Mesmo assim, tudo isso é do pico da banda da era de 60, e é realmente do mesmo nível da maioria dos lançamentos oficiais dos Ventures da época, quando eles estavam lançando tanto material que seria impossível fazer todos os seus lançamentos de qualidade estelar. Se você gosta da marca registrada do som dos Ventures, ela está em evidência através da maioria do set nas linhas de guitarras e trabalho bem montado e compacto, porém as escolhas e arranjos não são seguidamente inspirados como nos melhores materiais deles. Entretanto, há algumas excelentes faixas salvadoras aqui, "Journey to the Stars", "Drivig Guitars", "Echo", "Bumble Bee", "Pedal Pusher" e "Caravan", que já bastam para satisfazer qualquer fanático dos Ventures, mesmo que as melhores tendam a ser as versões sem dub do album "On Stage".
Excelent sound and first-rate material anyway.

The Shadows - 20 Golden Greats


Sem um único tropeço à vista, "20 Golden Greats" voou sem problemas até o topo das paradas do Reino Unido, tornando-se o primeiro album dos Shadows a conseguir essa façanha desde o segundo, lá em 1962. Foi um triunfo merecido, e talvez bem previsível, no auge do punk rock. Uma corrida direta através dos singles do começo e meio dos anos 60 dos Shadows, uma incomparável sequência que estende-se desde "Apache" em 1960 até "The Rise and Fall of Fingel Blunt" em 1964, consome 15 das 20 faixas. O resto do set então escolhe a dedo os próximos quatro anos para aproveitar as menos ouvidas, porém merecedoras de menção "Maroc 7", "Stingray", "The War Lord", "Genie With the Light Brown Lamp", e "A Place in the Sun". É uma coleção dinâmica, então, reunindo os 20 mais importantes sucessos dos Shadows, ao invés de apenas os 20 maiores sucessos, ou as 20 mais conhecidas, ou qualquer outro critério que as coletâneas se baseiam. O fato dos outros critérios já estarem presentes nesta coletânea apenas confirma a imortalidade da música. O sucesso nas paradas foi apenas consequência.
Nostalgia.


Scars on Broadway - Scars on Broadway

Drogas, criticas ao governo e um estilo muito próprio eram o que faziam do System of a Down uma banda extremamente única e muito boa, mas quem diria que a genialidade iria continuar mesmo após a banda dar um tempo? Daron e John provaram que mesmo sem o Serj podem dar conta do recado, mesmo com a carreira solo de Serj sendo ótima, Daron e John mostraram que o lado mais "barulho" do System é feito por eles. Com as melodias sendo ótimas, e as linhas de vocal do Daron bem trabalhadas, não havia nada que impediria esse de ser um ótimo álbum. Os caras começaram bem, mostrando que sabem abrir um álbum, a faixa Serious mostra bem a cara do álbum, com um metal, passando por fraseados calmos, e por aí vai. A cabeça de Daron se mostra mais aberta com o Scars, com a existência de uma segunda guitarra, e até um órgão que é extremamente valorizado em algumas faixas, como Stoner Hate que fala de Charles Mason. O Álbum conta com algumas baladinhas, mas a 3005 é oficialmente a baladinha mais "badalada" do álbum, começada com um slide e guitarras limpas, até o refrão distorcido continua com o clima "down" da faixa. Destaques para Chemicals que é uma faixa bem diferente, e tenho de dizer que é a minha favorita do álbum, com letras sujas e o refrão bem porco, ótima faixa. E They Say que é um dos singles do álbum. Ótimo cd, para fãs de SOAD que sejam fãs do lado mais "noise" da banda. Download - Mediafire

Tony Iommi - The 1996 DEP Sessions


Duas décadas após o lançamento do subestimado album de 1986 "Seventh Star", Tony Iommi guitarrista do Black Sabbath e o músico profissional vocalista/baixista Glenn Hughes (Trapeze, Deep Purple, etc.) decidiram que já era hora de trabalharem juntos novamente. Enfurnados nos estúdios DEP em Birmingham, o duo compôs e gravou oito faixas para o lançamento, mas quando Iommi foi chamado para ação repentinamente com um Sabbath original reformado e pronto para turnês, o trabalho em progresso foi abandonado, arquivado, e então, naturalmente, rapidamente feito bootleg sob o título inventado "Eighth Star". Assim as faixas permaneceriam por oito longos anos, até Iommi e Hughes juntarem-se novamente e trabalharem nelas com a ajuda dos tecladistas Don Airey e Geoff Nicholls, e a bateria originalmente gravada por Dave Holland ex Judas Priest (preso desde então por abuso sexual!) regravada por Jimmy Copley, e dá-las um lançamento oficial como "The 1996 DEP Sessions". Agora, com toda essa explicação fora do caminho, o altíssimo calibre das composições disposto aqui deixa imediatamente claro que Iommi e Hughes tiveram pouca dificuldade em renovar o fogo inicial de suas colaborações. Como foi o caso de 10 anos antes, heavy metal é inevitavelmente a norma mas certamente não a regra que guia essas sessões, e de quebra, gerado com uma vibração experimental por faixas como "Don´t You Tell Me", "Fine" e a cheia de alma "Don´t Drag the River" (apresentando umas harmonias vocais bem estilo Kansas) somente confirmam a noção de que "Seventh Star" deveria ter sido creditado como um esforço solo de Iommi, como foi originalmente concebido. Para as inequivocadamente guiadas pelos power chords monolíticos Sabbathianos tradicionais de Iommi como "Gone" e "Time Is the Healer", ouvintes não tendenciosos irão perceber que os vocais colossais de Hughes trazem um senso de drama dentro das criações do guitarrista que, com todo respeito, o alcance limitado de Ozzy simplesmente não consegue. Mesmo que não haja aqui algo comparável com a baladona "No Stranger to Love" do "Seventh Star" para um apelo mais comercial, ambas as semi-baladas do "The DEP Sessions",  a cafoníssima "From Another World" (apresentando um raro arranjo acústico de Iommi) e a amarga "It Falls Through Me", definitivamente fazem seus papéis. Para os que compreensivelmente curtiram o bootleg "Eight Star" antes, aparecem algumas diferenças aqui (nomes das músicas mudados, a exclusão da tomada solo de Hughes "Shakin´ My Wings", e um riff mudado em "Don´t You Tell Me" para diferenciá-la de "Black Oblivion", do album de 2001) além da qualidade sonora muito superior. Mais uma vez, parece que não, mas a maioria dos experts irão concordar que este é um album histórico para o pessoal mais sério do metal.
Stay metal!



Mimi´s Art - Fome

Mimi estava com fome na aula e fez este desenho sobre ele mesmo.

Jerry Cantrell - Boggy Depot


Com o Alice in Chains em hiato na época, devido às drogadições de Layne Staley, o guitarrista riff master da banda lançou um CD solo que mais parece uma sequência sludge-rock do "Alice in Chains" de 1995. O album abre promissor com a bate cabeça "Dickeye" e a estilosa "Cut You In". Mas "Boggy Depot" logo torna-se uma decepção caindo em um retro-grunge, e o ouvinte se pega sentindo falta do tenor de Staley ao invés do vocalzinho de Cantrell.
Bogged down this one.