Duas décadas após o lançamento do subestimado album de 1986 "Seventh Star", Tony Iommi guitarrista do Black Sabbath e o músico profissional vocalista/baixista Glenn Hughes (Trapeze, Deep Purple, etc.) decidiram que já era hora de trabalharem juntos novamente. Enfurnados nos estúdios DEP em Birmingham, o duo compôs e gravou oito faixas para o lançamento, mas quando Iommi foi chamado para ação repentinamente com um Sabbath original reformado e pronto para turnês, o trabalho em progresso foi abandonado, arquivado, e então, naturalmente, rapidamente feito bootleg sob o título inventado "Eighth Star". Assim as faixas permaneceriam por oito longos anos, até Iommi e Hughes juntarem-se novamente e trabalharem nelas com a ajuda dos tecladistas Don Airey e Geoff Nicholls, e a bateria originalmente gravada por Dave Holland ex Judas Priest (preso desde então por abuso sexual!) regravada por Jimmy Copley, e dá-las um lançamento oficial como "The 1996 DEP Sessions". Agora, com toda essa explicação fora do caminho, o altíssimo calibre das composições disposto aqui deixa imediatamente claro que Iommi e Hughes tiveram pouca dificuldade em renovar o fogo inicial de suas colaborações. Como foi o caso de 10 anos antes, heavy metal é inevitavelmente a norma mas certamente não a regra que guia essas sessões, e de quebra, gerado com uma vibração experimental por faixas como "Don´t You Tell Me", "Fine" e a cheia de alma "Don´t Drag the River" (apresentando umas harmonias vocais bem estilo Kansas) somente confirmam a noção de que "Seventh Star" deveria ter sido creditado como um esforço solo de Iommi, como foi originalmente concebido. Para as inequivocadamente guiadas pelos power chords monolíticos Sabbathianos tradicionais de Iommi como "Gone" e "Time Is the Healer", ouvintes não tendenciosos irão perceber que os vocais colossais de Hughes trazem um senso de drama dentro das criações do guitarrista que, com todo respeito, o alcance limitado de Ozzy simplesmente não consegue. Mesmo que não haja aqui algo comparável com a baladona "No Stranger to Love" do "Seventh Star" para um apelo mais comercial, ambas as semi-baladas do "The DEP Sessions", a cafoníssima "From Another World" (apresentando um raro arranjo acústico de Iommi) e a amarga "It Falls Through Me", definitivamente fazem seus papéis. Para os que compreensivelmente curtiram o bootleg "Eight Star" antes, aparecem algumas diferenças aqui (nomes das músicas mudados, a exclusão da tomada solo de Hughes "Shakin´ My Wings", e um riff mudado em "Don´t You Tell Me" para diferenciá-la de "Black Oblivion", do album de 2001) além da qualidade sonora muito superior. Mais uma vez, parece que não, mas a maioria dos experts irão concordar que este é um album histórico para o pessoal mais sério do metal.
Stay metal!
0 comments:
Post a Comment