Três longos anos após o Deftones lançar seu auto-intitulado de reviews boas e ruins, o quinteto de Sacramento voltou com "Saturday Night Wrist", gravações que no futuro jogaram lama sobre o que eles eram e o que estavam tentando fazer. Depois do grande sucesso metálico de "Around the Fur", a banda confundiu a crítica e os fãs com o mais leve e aventuroso "White Pony". Em 2003 eles transgrediram ainda mais a expectativa encaixotada e dita normal com seu album auto-intitulado, que parecia andar na linha entre o roqueiro e o sensível. Mas é "Saturday Night Wrist" que preenche o retrato, sangrando através de texturas entre um rock & roll e outro e terminando com algo além porém ainda bem a cara Deftones. O album começou com uma questão e um conflito em dicidir um produtor. Já trabalhando com o produtor de hip hop Dan the Automator, após algum drama interno a banda decidiu pelo veterano Bob Ezrin. Ezrin valeu a pena de várias maneiras: essas canções, diversas como ficaram, são disciplinadas sonoricamente apesar de tudo. Elas têm toda a tensão e dinamismo, todo o imediatismo de antes, mas a mistura é espaçosa, e o vocal de Chino Moreno eleva-se sobre o todo. Dito isso, os vocais foram produzidos por Shaun Lopez do Far. A parede de som de guitarras transita entre um rock mais pesado e metálico e um indie rock anguloso, espiralando tudo junto no final. Vide a faixa de abertura, e single, "Hole in the Earth". Começa com uma parede de guitarras distorcidas trovejantes enfatizadas por rim shots e fogo de pratos antes de dar passagem para uma figura de esquelética de seis cordas que parece que mal irá suportar os vocais de Moreno, que combina uma euforia de um mais jovem e menos pretencioso Bono com o ataque, bem, de Deftones mesmo. As guitarras ecoam e sussurram por todo o fundo enquanto Moreno paira sobre elas, até que voltem com o porrada para trazê-lo de volta.
Uma batera bem agressiva e guitarras distorcidas anunciam "Rapture", enquanto Moreno cospe e grita as letras. Até aqui, o ataque é direto enquanto se retorce todo em cantos pontudos e mudanças rítmicas. Há uns dubs digitais matadores colocados em "Cherry Waves", dando ao som um efeito de psicodelismo abençoado enquanto a banda casa uma putaria de Smahing Pumpkins antigo, com os grandes riffs abertos de Jane´s Addiction, e o melhor cintilar do U2 enquanto joga tudo em um compasso de oito tempos da "Overture" de "Tommy" do The Who. Poderia dar em uma grande zona, mas funcionou maravilhosamente bem. Serj Tankian do System of a Down ajuda com vocais adicionais em "Mein" e Annie Hardy do Giant Drag em "Pink Cellphone" (que nome mais idiota). O space pop pingado que é "Xerces" mostra Moreno respirando um pouco perto demais de Billy Corgan para se acomodar nos versos. As guitarras esmirilhantes em "Rats!Rats!Rats!" são uma mudança de textura bem vinda, e os esmagadores verso e refrão são malvadões. O ataque rock mais direto vem em "Kimdracula", com seu riff de baixo pulsante e guitarras ressaltantes; empurra Moreno um pouco além do tom para adequar-se com o som.
No geral, "Saturday Night Wrist" é satisfatório, entretanto demora algumas ouvidas para pegar o gosto devido às mudanças e pirações todas que tendem a misturarem-se nas primeiras vezes. O melhor de tudo, foi que o Deftones mais uma vez fez seu próprio som característico apesar da história toda envolvendo o album. Tem bastante coisa para os que não conhecem muito a banda reclamarem também.
No geral, "Saturday Night Wrist" é satisfatório, entretanto demora algumas ouvidas para pegar o gosto devido às mudanças e pirações todas que tendem a misturarem-se nas primeiras vezes. O melhor de tudo, foi que o Deftones mais uma vez fez seu próprio som característico apesar da história toda envolvendo o album. Tem bastante coisa para os que não conhecem muito a banda reclamarem também.
Beautiful and timeless.
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