O Pink Floyd finalmente emergiu da fase "Atom Heart Mother" aqui, um período que parecia estagnado no crescimento musical deles, marcado por constante indecisão criativa. Eles tentaram mascarar isso colocando uma série de efeitos sonoros subliminares no LP "Atom Heart", e arrastando também ao vivo uma orquestra de metais para seus shows. Nada disso pareceu dar certo. Em "Meddle" o guitarrista David Gilmour não só confirma-se como a verdadeira força motriz da banda, mas o grupo todo deu sinais de voltar nos trilhos do crescimento mais ma vez.
A primeira faixa, "One of These Days" mantém-se na fórmula usual do Floyd (efeito sonoro, orgão, guita cria aquele clima depois cai no clímax), mas cada segmento da música é tão bem feito e a coisa toda converge tão perfeitamente que o resultado não tinha como ficar fraco, é uma abertura empolgante para o album. Em seguida, temos uma série de baladas viajantes como "Pillow of Winds", e a circense "San Tropez". Obviamente com uns efeitos loucos ao fundo. "Fearless" tem uma grande sacada com a inserção da clássica inglesa "You´ll Never Walk Alone" de Rodgers & Hammerstein nela, a famosa música da vitória da final da Copa Wembley. "Seamus" é o ponto baixo do album com um pseudo-blues bem chato.
"Echoes" é uma extravagância aural do Pink Floyd que toma o lado B inteiro no antigo LP, recaptura em uma nova montagem musical, alguns dos velhos temas e linhas melódicas dos albuns anteriores.
No geral "Meddle" foi outro clássico do Floyd, ainda difícil de superar.
Good music from the past.
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