The Black Dahlia Murder - Deflorate


Muitos ainda têm uma visão antiquada do metal como um mundo bizonho, marginalizado e de estética retardada. Ainda, em verdade, sua jornada através do século 21 deu algumas guinadas estranhas e decisivas.
O death metal agora joga em dois campos, dividido por uma brecha de gerações ainda frequentemente co-existindo nos mesmos shows em uma espécie de trégua delicada: molecada da moda cheia de tatuagens de um lado, veteranos calejados em camisetas do Death ou Deicide firmes do outro. A linha divisória entre o deathcore e o death metal fica um tanto confusa às vezes, porém alguns indivíduos já dão um tom de separação em suas palavras e atos, nos shows ou até pela internet.
Para os ainda confusos sobre tudo isso, temos ainda o The Black Dahlia Murder pela frente. Essa trupe feiosa de Michigan, através de seus três albuns anteriores, conseguiu angariar fãs de ambos os lados do campo, simplesmente com sua máquina assassina de metal.
Como muitos albuns de metal marcantes daquela década, "Deflorate" bebe muito da fonte dos escandinavos At the Gates, particularmente pelo clássico "Slaughter of the Soul". A carta na manga do Black Dahlia Murder é sua habilidade de canalizar influências desde o death metal sueco, hardcore, thrash e metal tradicional em uma tempestade feroz hiperativa que miraculosamente equilibra-se tecnicamente com todas essas nuances.
Não há trégua nos 33 minutos massacrantes de "Deflorate", uma torrente de riffs malvados, solos dilacerantes e vocais gritados alternados com guturais. E mesmo que tudo isso esteja ficando ultrapassado, o que eles estão fazendo aqui é justamente pisar em qualquer nova tendência. Uma intensa experiência em death metal.
Plain brutal!

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