Antes de Bob Marley, Jimmy Cliff brilhou. Ele foi o cantor do single "Vietnam" de 1970 que acabou aclamado por Bob Dylan como "a maior canção de protesto jamais escrita", foi ele que inspirou Paul Simon a voar para a Jamaica e contratar sua banda para tocar em "Mother and Child Reunion", e foi ele que estrelou em "The Harder They Come", o filme de 1972 que difundiu o reggae globalmente com a trilha sonora centrada em seu som que inicialmente definiu o gênero. Então Marley tomou as atenções, e Cliff tornou-se uma espécie de embaixador, viajando o globo com LPs mornos que raramente capturaram sua mágica inicial.
Mas "Rebirth" faz isso e muito mais. É o mais forte exemplar da música de raíz das Índias Ocidentais jamais feito em décadas. Cliff tem um fã no homem de frente do Rancid, agora produtor, Tim Armstrong, do qual a banda acompanha pelo album todo, descascando ritmos e arranjos da velha guarda no melhor dos metais de ska e orgãos de rocksteady. Os vocais mornos de alto tenor do cantor soam envelhecidos mas com uma pegada forte estilo Iggy Pop nas originais com um pé no passado e outro no presente. "Now there´s gathering on Main Street / Shuffling on Wall Street," ele canta em "Children´s Bread", uma sessão permeada por vocais melódicos e contidos assim como linhas altas e agudas. É um hino de lamento tradicional jamaicano que trata da geração "Occupy" com assombrosa precisão.
"Rebirth" veio em um período em que a retomada do R&B americano antigo estava em todo lugar. Vide Sharon Jones, Adele, Black Keys, Raphael Saadiq e os últimos da Amy Winehouse. Ao tempo que os artistas descobrem e redescobrem o poder dos naipes de metais e do canto do soul sem Auto-Tune. Cliff montou um album bom o suficiente que poderia alavancar uma revisitação das aproximações do som local na Jamaica daquela música. Reggae, rocksteady e ska.
Mas "Rebirth" não é somente a reconexão de Cliff com os estilos que ele ajudou a inventar. Mas também uma exploração de sua vida pregressa, no bom sentido. "Reggae Music" é uma história de vida no estilo de Marley que conta com a presença do veterano produtor Leslie Kong, dos parceiros de sucessos de Cliff no início de carreira Alton Ellis e Ken Boothe e foi gravado no prolífico Dynamic Sound Studios em Kingston. "Cry No More" é uma singela canção de amor rocker, com o falsetto cansado pelo tempo porém não menos inspirado de Cliff. "Outsider" ecoa o soul americano que informou profundamente a música jamaicana da época, uma atualização do tributo de Cliff à Motown de 1967 "Give and Take". E por aí vai...
Uma grata surpresa e um disco para várias audições com certeza.
Historic and timeless.
clliffsfsd sdfsdfsdfkewf vfo
Mas "Rebirth" faz isso e muito mais. É o mais forte exemplar da música de raíz das Índias Ocidentais jamais feito em décadas. Cliff tem um fã no homem de frente do Rancid, agora produtor, Tim Armstrong, do qual a banda acompanha pelo album todo, descascando ritmos e arranjos da velha guarda no melhor dos metais de ska e orgãos de rocksteady. Os vocais mornos de alto tenor do cantor soam envelhecidos mas com uma pegada forte estilo Iggy Pop nas originais com um pé no passado e outro no presente. "Now there´s gathering on Main Street / Shuffling on Wall Street," ele canta em "Children´s Bread", uma sessão permeada por vocais melódicos e contidos assim como linhas altas e agudas. É um hino de lamento tradicional jamaicano que trata da geração "Occupy" com assombrosa precisão.
"Rebirth" veio em um período em que a retomada do R&B americano antigo estava em todo lugar. Vide Sharon Jones, Adele, Black Keys, Raphael Saadiq e os últimos da Amy Winehouse. Ao tempo que os artistas descobrem e redescobrem o poder dos naipes de metais e do canto do soul sem Auto-Tune. Cliff montou um album bom o suficiente que poderia alavancar uma revisitação das aproximações do som local na Jamaica daquela música. Reggae, rocksteady e ska.
Mas "Rebirth" não é somente a reconexão de Cliff com os estilos que ele ajudou a inventar. Mas também uma exploração de sua vida pregressa, no bom sentido. "Reggae Music" é uma história de vida no estilo de Marley que conta com a presença do veterano produtor Leslie Kong, dos parceiros de sucessos de Cliff no início de carreira Alton Ellis e Ken Boothe e foi gravado no prolífico Dynamic Sound Studios em Kingston. "Cry No More" é uma singela canção de amor rocker, com o falsetto cansado pelo tempo porém não menos inspirado de Cliff. "Outsider" ecoa o soul americano que informou profundamente a música jamaicana da época, uma atualização do tributo de Cliff à Motown de 1967 "Give and Take". E por aí vai...
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