"Serpent Saints" é o primeiro album do Entombed em quatro longos anos, e ainda assim incrivelmente parecido com seu predecessor, "Inferno" de 2003, não somente em termos de som mais também de estilo, como se tivesse sido gravado na mesma sessão de estúdio. Na verdade, todos os albuns de estúdio do Entombed dos anos 2000 ( "Uprising" de 2000, "Morning Star" de 2002, "Inferno" de 2003, e até mesmo o album ao vivo "Unreal Estate" de 2005) são incrivelmente similares, ao contrário dos albuns dos anos 90, que são bem diversos. A consistência do Entombed mais recente é uma faca de dois gumes: por um lado, é uma consistência bem vinda, sendo que os fãs podem saber o que esperar de cada lançamento; por outro lado, os fãs ficam menos inclinados a comprar todos os lançamentos, sendo eles uma mesmice em vários aspectos. Ainda bem que qualidade é um dos aspectos presentes nesses últimos albuns. Os veteranos suecos, que estreiaram em 1990 na Earache Records com o marco do death metal "Left Hand Path", têm um firme comando sobre seus talentos. O vocalista L.G. Petrov permanece vociferante após todos esses anos, enquanto os puristas do death metal possam sentir falta do gutural que tornou-se marca registrada desse estilo de música, é até legal conseguir compreender tudo o que está sendo cantado palavra por palavra, apesar das letras serem sérias e obscuras e até bem escritas algumas vezes, o resultado final é um blá blá blá cheio de negatividade. As dez músicas são creditadas à todos os quatro integrantes (Petrov, Alex Hellid, Nico Elgstrand e Olle Dahlstedt), e o resultado de fato parece um esforço em grupo. Novamente, fica evidente que esses caras se acomodaram em uma fórmula repetida. Desenvolveram um estilo que serve bem para seus propósitos; longe de ser inovador, acaba sendo não menos potente e satisfatório para qualquer um que curta metal pesado direto na veia livre de teatrinhos black metal, pompa e pretensão. Os 41 minutos parecem pouco, porém até satisfatórios. Começando com duas boas músicas, "Serpent Saints" e "Masters of Death", a segunda com participação especial de Killjoy do Necrophagist nos backings, há pouca enrolação e a banda vai direto ao ponto. Metal na veia como sempre. "Serpent Saints" acaba sendo um album para os fãs costumazes da banda, nada de novo.
New and old.
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